Circo

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Madrugada a dentro
Reflito e me prendo
Em pensamentos que são meu tormento

Nunca a teoria do palhaço
Me fez tanto sentido
Explicando seu estardalhaço
Em meu coração introvertido.

Das pessoas, risadas arrancar
Para, sozinho no lar,
A maquiagem tirar
E perceber a solidão a lhe espreitar.

Às vezes palhaço me sinto
Às vezes uma atriz interpreto
Porém, com objetivos semelhantes
Sinto em meu peito
O último resquício de alegria desaparecer
E sinto aquela dor agonizante me acometer.

Não sei explicar
Nem sei se tem palavras para expressar
Essa dor que, em uma madrugada solitária
Me faz meu circo abandonar
E meu coração desabar.





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