Palavras não ditas

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Um dia eu irei explodir
Ou sumir daqui
Por guardar tantas palavras não ditas em mim.

Tanto para dizer
E ninguém para escutar
Ninguém para entender
E tanto para falar.

Então, elas se alojam em minha garganta
Me trazendo o nó na garganta e a vontade de chorar
Pois já que não posso soltar essas malditas
Elas saem em forma de lágrimas reprimidas
Essas malditas palavras não ditas.

A dor no peito, agonizante
A tremedeira incessante
A triste música tocante
É vida
Somos só nós
Eu e essas palavras não ditas
Que nascem e morrem em minha garganta
E que me matam um pouco todos os dias
Atrás de um muro que me isola da vida.

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