Tudo em um papel

Ele(s)

Nunca achei que teria os sentimentos repartidos
Por dois amores tão bem definidos
Um de longo prazo, calmo como uma brisa
Onde, com uma simples troca de olhares
Bate uma conexão precisa
O outro, bem recente, chegou como um furacão
Confundindo todo o meu coração.

Como gostar de duas pessoas distintas entre si
E complementares para mim?
O mais antigo faz jus à sua duração
Foi meu primeiro amor, que ocorreu com lentidão
Não esperava acontecer
E tive que arriscar para crer
Mas bastou eu me entregar
Para o sentimento aflorar.

O mais recente não foi uma surpresa
Visto que eu agi com destreza
Somente para esquecer o meu primeiro amor
Que, em mim, só deixou fraqueza
Porém, ele se mostrou um belo partido
Que me fazia feliz sem necessitar de um sentido
Seria ele a pessoa certa para amar?
E se não for, irei de novo me machucar?

Medos, receios
Nenhum chegou perto do que estava por vir
E nem representaram a confusão que senti
Por quem meu coração penderia mais?
Para o amor mais antigo que sempre retorna
Ou para esse amor novo que me revigora?

Tão iguais a mim
Mas tão diferentes entre si
Pena que quem escolhe é o coração
E, se depender do meu,
Morrerei na indecisão.