Perigo, adrenalina, amor.

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- Você acha que poderíamos ser Bonnie e Clyde, Mark? - indagou.

- Mas, aonde iremos arranjar fantasias deles? - questionou o mais velho.

- Não Mark, eu digo, de verdade, nós dois. - proferiu.

Mark sorriu para Donghyuck, que parecia levar a sério o que perguntou.

- Não.. eles são únicos, não chegaríamos aos pés deles. - respondeu.

[...]

Mark e Haechan, eram estudantes do ensino médio, entediados, apáticos, odiavam a vida que levavam, o único sentido que encontravam na vida, foi amar um ao outro, os dois iriam se formar no final do ano, e estavam se preparando, para o trote que iria acontecer em sua escola, o tema era festa fantasia, e os dois estavam ansiosos para se vestirem combinando, aliás era o que um casal de namorados poderiam fazer.
Mas, Mark e Donghyuck não sabiam, o que aquela noite iria reservar para eles, eles não faziam a mínima ideia do que estava por vir.
Escolheram suas fantasias, e para eles os dois eram o casal mais bonito de namorados, daquela noite, daquela festa, os olhares voltados para eles, bonitos, impecáveis, mas normal, já estavam acostumados.

[...]

Donghyuck, era um garoto totalmente sedento por adrenalina, e quando encontrou Mark, foi quando soube que a adrenalina corria na veia dos dois. Mark, tinha um olhar rebelde, independente, mas ainda era um adolescente normal, e aquilo foi suficiente para Donghyuck ser atraído por Mark Lee, o amor quente corria pelos dois, apesar de serem normais, Donghyuck sabia que não.

- Vamos correr perigo hoje Mark? - dizia Donghyuck.

O mais novo levava Mark para o banheiro daquela festa, e ele já sabia o que significava a frase "vamos correr perigo", sabia que Donghyuck, amava transar com ele em situações inapropriadas. Era o jeito que o mais novo tinha, de descontar aquela sede de correr perigo, de viver algo diferente do tédio de todos dias, mas a vida iria dar um empurrãozinho para Donghyuck e Mark, entediados e em busca de adrenalina.

- Podemos ser pegos aqui, Donghyuck. - disse sorrindo.

- Isso só deixa tudo, mais gostoso do que já é, não acha? - proferiu fechando a porta.

E ali, seus olhares entediados se preenchiam com a sensação mínima de perigo, a afobação de saber que alguém poderia abrir a porta, e ver os dois transando juntos, deixava Donghyuck e Mark mais excitados.

- Não se importa se alguém ver, você gemendo pra mim? - perguntou.

- Você se importa? - sorriu.

Era evidente que os dois, não ligavam, e não se importava para o que iriam falar se aquilo acontecesse, estavam pegando fogo e não iriam deixar ninguém apagá-los. Aquilo era como se fosse uma brincadeira para os dois, que ficava cada vez mais interessante, quando decidiam brincar todas as vezes.

[...]

- Você está ouvindo essa gritaria Donghyuck? - perguntou preocupado.

Donghyuck beijava o pescoço de Mark ferozmente, quando grunhiu em reprovação por Mark não estar dando importância às ações do mesmo.

- Esquece, temos coisas mais importantes para se preocupar. - disse.

- É sério Donghyuck, tá estranho, deveríamos sair para ver o que é. - respondeu.

Donghyuck parou suas ações e olhou incrédulo para Mark.

- Qual é Lee? estamos quase lá, você não vai fazer isso comigo.

Mark olhou sério para Donghyuck, que concluiu que o mais velho não estava mesmo brincando.
O mais novo focou sua audição no barulho que vinha de fora, e entendeu a preocupação de Mark.
Mark abriu a porta, e Donghyuck gritou em desespero quando viu um cara morto no chão da porta, Mark se desesperou e abaixou perto do corpo, e suas mãos melaram de sangue ao entrar em contato com o cadáver.

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