Calibre 38

Bônus Flashback, amor, perigo que corre nas veias.

Capítulo 5: Bônus: Flashback, amor, perigo que corre nas veias.

Mark Lee era um estudante normal de ensino médio, antes de Donghyuck, passava maior parte do seu tempo estudando e assistindo animes, gostava de seu quarto, era como seu esconderijo, ninguém conseguia o tirar facilmente de seu quarto, nem mesmo sua mãe, Mark, achava o mundo real muito chato, entediante, odiava lidar com as pessoas, consequentemente Mark odiava à escola.
Mas, Mark numa manhã qualquer no refeitório da escola conheceu Donghyuck, um pequeno garoto abusado, debochado, e que não ligava muito para o que dizia sobre ele, Donghyuck era sociável, amigo de muitos mas sentia um desejo em se aproximar de Lee, mesmo Mark se considerando invisível, Donghyuck sempre o obeservava, todos os dias, o menor sempre estava com os olhos voltados para Mark Lee.

- Então você assiste muitos animes? - perguntou Donghyuck.

Mark levou um susto, estava almoçando sozinho na mesa, não tinha muitos amigos, e também as pessoas não eram de falar com Mark, sabiam que ele não gostava de muito contato, e muita gente ao redor dele.

- Por que? você assiste? - questionou.

- Posso assistir, se você me recomendar algum. - proferiu.

Mark sorriu, não acreditando que alguém estava interessado em saber sobre animes.

- Você nunca assistiu nenhum anime então? - perguntou.

- Não me interesso por essas coisas Mark Lee. - respondeu breve.

Mark estranhou, como Donghyuck já sabia seu nome? o menor estava prestando atenção nele?

- E no que você se interessa? - respondeu sem jeito.

- Em você. - disse.

Mark sorriu franzindo seu cenho, acreditando que aquilo deveria ser uma piada do mais novo, mas enquanto olhava para Donghyuck percebeu que o mesmo permanecia sério. Lee, estava envergonhado, era impossível, acreditar que alguém estava prestando atenção nele.

- O que foi Lee? vai me dizer que você não está interessado em mim também? - perguntou com convencimento.

Mark ajeitou seus óculos, e apoiou seus cotovelos na mesa olhando para Donghyuck.

- Quer mesmo 'assistir' animes comigo? - indagou.

Donghyuck grunhiu em reprovação quando o garoto ignorou seu flerte, mas viu uma chance ainda mais grandiosa, com uma malícia no que Mark tinha lhe perguntado.

- Só se você me mostrar na sua casa. - respondeu.

- Você é apressado, quer tanto assim ficar comigo? - questionou sorrindo.

Mark percebeu que Donghyuck era insistente no que queria, e também era uma pessoa muito transparente, deixava evidente seu desejo por Mark em seu olhar, e até mesmo no seu jeito de falar, aquilo surpreendeu Mark, de uma forma grandiosa até, e fazia tempo que Lee não se sentia surpreendido por alguém.

- Já te olhei demais Lee, estou cansado. - respondeu.

Mark olhou para Donghyuck, e tirou uma caneta de sua mochila, e no guardanapo espalhado pela mesa, anotou o endereço de sua casa, para o pequeno convencido em sua frente.

- Aparece lá 20:00, nós iremos 'assistir' diversos animes. - proferiu sorrindo.

Mark levantou da mesa, e sorriu para Donghyuck, e o menor concluiu que amava e odiava, jeito que Mark era sínico e misterioso ao mesmo tempo, Donghyuck odiava não saber o que pensar, sua mente oscilava entre "será que vamos mesmo assistir animes?", e "o que será que ele vai me mostrar, além de animes?."
Donghyuck, odiava ficar confuso em relação a Mark, mas quando chegou em sua casa, percebeu que Mark também não queria assistir animes com Donghyuck, e mesmo que fossem opostos em suas personalidades, seus desejos eram semelhantes ao do outro.
E aquela foi a primeira vez, que Donghyuck sentiu Mark dentro de si, e queria sentir todos os dias, todas as vezes, e foi assim que se sucedeu.

[...]

Começaram a ficar ainda mais íntimos, sempre que podiam, queriam ter um ao outro como naquela noite, era um perigo querer transar no banheiro da escola, mas quem disse que Mark e Donghyuck ligavam? para eles, era mais do que excitante saber que poderiam ser pegos, desde sempre, o perigo já corriam em suas veias.

[...]

E em uma dessas noites, eles descobriram que eram completamente loucos um pelo outro, e é claro que o abusado do Donghyuck foi o primeiro a descobrir aquilo, e sua personalidade não deixava ele esconder por muito tempo.

- Você vai me chamar de amor agora, Mark. - disse.

Mark, estranhou o comportamento estranho e repentino de Donghyuck e olhou para ele.

- Por que? - questionou.

- Por que eu sei que já sou seu amor. - proferiu.

- Ah é? e como você sabe tampinha? - brincou.

Mark viu as bochechas de Donghyuck corarem, o menor sentia extrema vergonha de ser chamado de tampinha, ou baixinho por Lee.

- Você prefere me chamar de tampinha, do que de amor né Mark. - choramingou.

Mark sorriu, vendo o menor ficar emburrado, por que ele estava achando graça de seu drama.
Mark, ficou por alguns instantes calado, e pegou no rostinho bravo de Donghyuck e olhou em seus olhos, Mark ficou perdido ali naquele momento, mesmo bravo o menor era a coisa mais bonita que já viu, estava apaixonado, e ficava cada vez mais difícil evitar esse sentimento.

- Haechan, você quer... quer namorar comigo? - perguntou olhando em seus olhos.

Donghyuck sentiu seu coração pular para fora, estava nervoso, era a primeira vez que escutava aquilo, da boca de alguém, e estava completamente feliz, por ter escutado aquilo da boca de Mark. Donghyuck, descobriu naquele dia que Mark Lee era a definição de amor para ele.

- Só se você parar de me chamar de tampinha. - brincou sorrindo, ainda que quisesse chorar.

- Inevitável não chamar você de tampinha, amor. - respondeu.

Donghyuck abriu um sorriso largo, e suas lágrimas desceram, ao escutar Mark chamar ele pela primeira vez, de amor.

- Hum, prefiro Haechan, Mark. - fez bico.

Mark beijou Donghyuck naquele momento, sentia completamente preenchido pelo amor do menor, concluiu que beijar Donghyuck, transar com ele, era uma das melhores sensações do mundo que o amor, proporcionou para ele, era o cara mais sortudo do mundo por amar Donghyuck, e por aquele sentimento ser totalmente recíproco da parte do mesmo.

E foi ali que Markhyuck teve início, foi ali que o perigo começou a dar origem, que a adrenalina começou a se fazer, quando os dois se permitiram a se amar.
Donghyuck, pequeno, abusado, com Mark Lee nas palmas de suas mãos, e Mark, totalmente envolvido por aquele garoto debochado, e que não tinha medo de dizer o que pensava, e também não tinha medo de dizer todos os dias, que Mark Lee era o amor de sua vida.
Donghyuck, conseguiu tirar Mark do tédio que vivia, mas o quarto de Mark ficou ainda mais interessante para o mesmo, quando o pequeno começou a visita-lo, ali era o mundo dos dois, aonde eles comandavam, e se sentiram totalmente donos de si, e mais tarde, com esse mesmo abuso, saíram do quarto de Mark, e naquela noite fria, deram início à conquista perigosa do mundo, até se tornarem Markhyuck, o jovem casal 'mais' perigoso daquela época, e com o mundo totalmente virado para eles, sedentos por perigo.

Markhyuck, é real.