Chapter 3

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        Dirigia o meu carro o mais rapidamente o possível. Meu coração estava acelerado, parecia que o orgão ia sair de minha boca. Lágrimas já se formavam em meus olhos, e eu não podia negar que eu havia chorado todo o meu "estoque" de lágrimas vinte minutos atrás. Já se passava das 3 horas da manhã, deveria ser 4 horas. Eu apertava cada vez mais o volante de meu carro, e tentava não acreditar no que o policial havia me dito no telefonema que eu recebera.

        Assim que cheguei na frente do prédio em que Destiny morava, me deparei com várias víaturas polícias e uma ambulância. As luzes vermehas e azuis que saíam da cinalização das víaturas, tomavam conta da rua inteira. Camionetes de emissoras de televisão, haviam acabado de chegar, me deixando mais nervosa ainda. A única coisa que consegui fazer, foi estacionar o meu carro em qualquer canto e saír de dentro do mesmo o mais rápido o possível. 

        Assim que saí de dentro de meu carro, comecei a andar-correr, praticamente- por meio da multidão, que assistia ao trabalho dos policiais e paramédicos que haviam no local. Repórteres começavam á sair de dentro de suas camionetes escuras, acompanhados por várias pessoas com cãmeras. Continuei me esquivando por meio das pessoas, até que eu cheguei á uma área onde estava isolada por um fita amarela.

        O local isolado estava repleto de policiais, e haviam algumas testemunhas dando depoimento. Mas, havia uma coisa que chamou a minha atenção. Havia um saco branco estendido no chão, em formato de um... De um corpo. E eu já sabia quem estava lá. Lágrimas começaram a escorrer pelo meu rosto, e soluços autos e contínuos escapavam de minha garganta, chamando a atenção de todos para mim.

        Um rapaz, que deveria ter seus 25 anos, me encarou. Ele estava do outro lado da fita amarela, junto dos outros policiais. Ele usava um terno escuro. com uma gravata prata amarrada em seu pescoço. Seus cabelos castanhos e enrolados se movimentavam conforme o vento frio das madrugadas de Londres. Seus olhos verdes brilhantes me encaravam, tentando me confortar. O rapaz, andou com passos lentos na minha direção. Assim que ele se aproximou de mim, ele permetiu que eu escutasse sua voz rouca e grave:

        "-Você é conhecida da vítima?" - Ele perguntara, me encarando de cima á baixo.

        Eu apenas assenti, pois eu continuava chorando, e se eu falasse algo, ia sair como um mormurio em outra língua. Ele sorriu de canto para mim, então ergueu a fita amarela o suficiente para que conseguisse passar por debaixo da fita:

        "-Você era parente da vitima?" - Ele me perguntou, enquanto me conduzia na direção do prédio.

        "-Não, nós erámos melhores amigas." - Disse tentando me recompor, mas a minha voz continuava embargada.

        Ele assentiu. Ele me conduziu até um sofá que ficava no lobby do prédio, em que Destiny morava. Assim que me sentei no sofá, senti o estofado velho do sofá se afundando. O rapaz se sentou ao meu lado, e suspirou fundo:

        "- Como é o seu nome?" - Ele perguntou-me, me encarando com o seu lindo par de olhos esverdeados.

        "-Meu nome é Barbara, Barbara Thomas." - Eu disse, e sequei rapidamente um lágrima que escorreu rempetinamente de meu olho.

        Ele retirou um bloco de folhas de dentro de um bolsinho que havia no seu blazer, junto de uma caneta. Ele anotou algo, que presumi ser o meu nome:

        "- Se me permite, qual é o seu nome?" - Perguntei para ele, que me encarou sorrindo, exibindo suas covinhas delicadas.

        "-Oh, sim! Meu nome é Harry, Harry Styles, sou o detetive." - Ele disse para mim, e voltou a escrever algo na folha do bloco.

        Após algum tempo em silêncio, ele voltou á falar, preenchendo meus ouvidos com sua voz rouca:

        "- Você conhecia a vítima, Destiny Hope, desde quando?" - O detetive me perguntou, pronto para anotar a minha resposta no bloco de folhas.

        "-Bom, eu, a conheço desde que erámos um bebê, sempre convivemos juntas." - Eu o respondi, me lembrando da época da escola, quando eu e ela erámos as pessoas mais inseparáveis deste mundo.

        Ele assentiu e continuou com muitas perguntas. Eu respondia todas sinceramente, enquanto ele anotava tudo no bloco com folhas. Após um longo período, eu fui despensada e me despedi do detetive Styles. Passei rapidamente pela parte isolada pelos policiais e vi os paramédios fazendo a retirada do corpo de Destiny. Senti o meu coração doer. Já estava confirmado que ela fora assassinada, apenas ninguém sabia por quem.

        Assim que cheguei em minha casa, senti as lágrimas escorrendo pelo meu rosto, e senti a dor de perder um ente querido caír sobre mim. Joguei a minha bolsa em cima do sofá de minha casa e subi as escadas da mesa rapidamente. Adentrei o banheiro e logo em seguida, me despi. Liguei a água quente do chuveiro, e após algum tempo, me posicionei em baixo da água quente, sentindo os meus nervos e musculos relaxarem. Após algum tempo sentindo a sensação da água quente em meu corpo, comecei a me lavar devidamente.

        Passei o shampoo sobre o meu cabelo loiro e molhado, e massageie o couro cabeludo de minha cabeça. Logo após alguns minutos, desliguei a água e enrolei uma toalha em meu corpo. Saí de dentro do box e peguei o meu celular, que estava pousado em cima da pia. Destranquei lentamente a porta do banheiro, que eu trancara como de costume. Assim que abri a porta e estava pronta para saír de dentro do banheiro, um vulto preto, em formato de um homem, passou correndo na minha frente, e adentrou o meu quarto, fechando a porta logo em seguida. Havia álguem dentro de minha casa. 

        Meu coração estava acelerado, ao ponto de deixar o meu estômago revirado. O ar mal saia de meus pulmões, pelo susto que eu levara. De repente, o meu celular tocou, fazendo-me soltar um grito. Suspirei aliviada, assim que percebi que fora uma mensagem de Zayn que eu recebera. "Fiquei sabendo o que aconteceu com a Destiny, sinto muito, nos vemos amanhã <3" dizia a mensagem. Ignorei-a, pois eu tinha um assunto mais importante á tratar. Havia álguem em minha casa, e eu tinha que descobrir quem era.

        Comecei a andar lentamente na direção do meu quarto, segurando com força a toalha ao redor de meu corpo nu. Assim que cheguei na frente da porta de meu quarto, respirei fundo e coloquei a minha mão sobre a massaneta da porta. Assim que abri a porta, me deparei com o meu quarto mal iluminado. Mas havia algo de errado lá dentro...

                                                                                        Continuar...

Suicide LoveWhere stories live. Discover now