O barman e a descoberta

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Aos poucos fui abrindo olhos, lentamente, deixando que os raios forte da claridade do sol que passava pela janela fossem queimando minha retina.

Janela. Eu não tenho uma janela no meu quarto. Tentei movimentar mais um pouco meus olhos e identifiquei aquele lugar como o quarto de Yoongi. Suspirei aliviado por não estar num local desconhecido com o risco de ter sido raptado e apertei um pouco mais o travesseiro que eu abraçava.

Espera aí, isso não é um travesseiro. Mexi levemente a cabeça para olhar para cima e notei que eu estava abraçando um pessoa. Era Taehyung. TAEHYUNG. POR QUE EU ESTOU DORMINDO COM TAEHYUNG? 

Me sentei muito rápido naquela cama. Péssima ideia. Minha cabeça latejou forte, como se eu tivesse acabado de levar um chute nela, juntamente com uma tontura. O garoto que estava comigo apenas se virou um pouco para o meu lado e jogou uma das pernas sobre mim (mais do que já estava).

— Bom dia, bela adormecida. — ouvi a voz de Yoongi que estava deitado num colchão ao lado da cama, mexendo no celular. — Boa tarde, para falar a verdade.

— O que aconteceu? — perguntei atordoado. — Por que Taehyung está dormindo aqui comigo? Por que eu ainda tô com essas mesmas roupas?

— Você não lembra de nada da festa? — me questionou.

— Poucas coisas. — falei e senti uma dor forte na testa. — Ai, minha cabeça!

— Não sei o quanto você bebeu, mas essa sua ressaca parece ser das fortes. — ele levantou e foi andando até a porta do quarto. — Vou atrás de algum remédio para você. Enquanto isso, tente acordar Taehyung e garanta que ele não esteja morto.

Yoongi saiu e eu encarei Taehyung. Ele estava dormindo profundamente. Sua bochecha estava sendo esmagada pela pressão que ele fazia sobre a cama, fazendo com que ele ficasse com um biquinho entreaberto muito fofo. 

Me aproximei um pouco para tentar lhe acordar. O balancei chamando seu nome e ele foi despertando ao passo que resmungava um pouco. Aos poucos foi abrindo os olhos, piscando devagar e, por fim, me encarou. Se vivêssemos em um desenho animado, seria possível vários pontos de interrogação sobre sua cabeça nesse momento. Ficamos nos encarando por um bom tempo e antes que ele pudesse se pronunciar, Yoongi apareceu novamente.

— Ah, você está vivo. — falou para o garoto ao meu lado depois se voltou para mim, me entregando um copo de água e uma cartela de comprimidos. — É para dor de cabeça, deve ajudar.

— Acho que vou precisar também. — Taehyung finalmente falou. Tomei um comprimido e dei um para ele tomar.

— Ok, Min Yoongi. Pode me dizer o que aconteceu ontem? — falei.

— Você não lembra de nada? — ele perguntou e eu tentei me esforçar para lembrar da noite passada. Isso só fez minha cabeça doer mais.

— Na minha mente só se passa alguns flashes. 

— Bem, chegamos na festa, Taehyung encontrou Jimin e foi com ele, nós tivemos o desprazer de saber que a garota-cujo-o-nome-não-deve-ser-mencionado-pois-ela-pode-aparecer estava na festa, depois eu fiquei com você até Seokjin chegar e…

— E você me deixar abandonado com o inimigo a solta, seu traíra! — apontei para a cara de pau do meu melhor amigo. — Isso eu lembro. Você me deixou sozinho e ela me encontrou. — parei para pensar. — Mas não lembro o que eu fiz para me livrar dela.

— Eu te ajudei, hyung. — Taehyung comentou.

— Como? — Yoongi perguntou.

— Ah… Acho que eu devo ter falado alguma coisa que fez ela ir embora. Não lembro bem. — coçou a cabeça desviando um pouco o olhar.

Como (não) lidar com uma paixão || vhopeOnde histórias criam vida. Descubra agora