Capítulo 5 - Enfrentando o abismo

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"I need somebody to heal, somebody to know
Somebody to have, somebody to hold"

(Eu preciso de alguém para curar, alguém para conhecer/Alguém para ter, alguém para me segurar)

(Someone you loved - Lewis Capaldi)

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No dia seguinte, Meredith e Andrew dirigiram-se cedo para o hospital. Apesar de terem dormido pouco na noite anterior, eles estavam felizes, pois sentiram que as conversas que Meredith teve com o investidores no coquetel poderiam surtir bons resultados. 

O celular de Andrew vibra e ele pega o aparelho. Franze a testa e o gesto não passa despercebido por Meredith.

- O que foi, Andrew?

- Dra. Stanford mandando mensagem relembrando sobre tomar café com ela esta manhã.

Meredith franze a testa:

- Como ela tem o seu número?

- É exatamente isso que estou me perguntando - responde Andrew.

Os dois caminham de má vontade até a cafeteria do hospital. 

- Não precisamos demorar, ok? Só um café rápido, para não sermos indelicados - diz ele.

- Eu nem me importaria em ser indelicada com ela...mas estamos sendo observados pelos investidores e ser cordiais com quem nos visita causa boa impressão - devolve Meredith com um sorriso.

Eles se beijam rapidamente e dirigem-se para o café.

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Na cafeteria, o papo desenvolve de forma natural, alimentado pelas múltiplas observações da Dra. Stanford que buscava conhecer mais o hospital, os médicos e as famosas histórias do Grey Sloan. Porém, era visível o quanto ela estava impressionada com Andrew, mas procurava sempre enaltecer Meredith, entre uma fala mais calorosa e outra. "Claro, para disfarçar", pensava Meredith. Ela poderia lidar com isso, não era a primeira e nem a última vez que uma mulher daria em cima de Andrew descaradamente e ela não se sentia ameaçada por isso. Mas algo naquela doutora peituda a incomodava; não sabia se era o jeito abusado demais ou se era o fato de Meredith estar em uma fase delicada atualmente...a grande verdade é que ela não queria que Andrew se aproximasse muito da médica.

Enquanto a Dra. Stanford contava em voz muito alta como ela salvara um garotinho que havia tido reação da anestesia na última cirurgia que realizou, o pager de Meredith apitou. Era Bailey que precisava de ajuda em uma emergência que acabara de chegar.

- Preciso ir. Bailey me chama - disse ela se levantando e olhando para Andrew.

- Eu também vou então - disse Andrew levantando-se - Dra. Stanford, peço licença e obrigado pela companhia.

- Ah, sim, foi ótimo começar o dia assim! Vou seguir com vocês! - disse a Dra. Stanford levantando-se apressada também para acompanhar Andrew e Meredith.

No meio do caminho, enquanto Meredith virava a esquina de um dos corredores em direção à emergência, a Dra. Stanford alcançou Andrew segurando-o pelo braço.

- Dr. DeLuca, na verdade, gostaria de saber se posso acompanhá-lo hoje nos seus atendimentos. Tenho bastante interesse sobre reações alérgicas às anestesias em pacientes infantis, então, acredito que seria interessante observar os casos para aprender mais.

Andrew franziu a testa e tentou escapar:

- Dra. Stanford, creio que hoje não seria um dia ideal. Será bastante corrido, tenho vários pós-operatórios e não conseguirei dar muita atenção à você.

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