Confusão no Amor

Capitulo 11- A explicação part I

- A Chelsea? Pra quê? - perguntei, eu não queria que ela fosse pra minha casa. Eu não queria que ela estragasse o meu momento com a minha crush.

- Ela também não esta entender essa matéria, então achei por bem explicares já pra nós as duas. Há algum incómodo?

- Não não - menti, se eu dissesse que sim, se calhar ela também mudaria de ideias em não ir mais - pode ser.

Ela levantou-se e antes deu um " amanhã à tarde então ".

Droga. A minha crush e a miúda que eu não suporto estarão na minha casa. Eu só queria que estivesse a Jessica, não aquela morena cheirosa.

                                     ***

- Manos preciso da vossa ajuda.- disse pra os meus amigos enquanto íamos pra casa.

- É o quê já? Você assim já te iludiram numa baby - disse Alberto.

- Alberto cala a boca, fala Danny. O que se passa? - falou Stelio olhando pra mim.

- A Jessica estará amanhã na minha casa.

- Pra quê? - perguntaram os dois ao mesmo tempo, bem, aquilo foi mais um grito do que outra coisa.

- Ela precisa de uma explicação de matemática e pediu para que eu a explica-se amanhã à tarde na minha casa.

- Então lhe explica. Estás a nos pedir mais ajuda pra quê ? Quês que nós te expliquemos os exercícios? Nós somos burros - disse Alberto que enquanto falava olhava pra umas garotas que passavam ao nosso lado.

- Não imbecil, eu não consigo ter uma conversa com uma menina. E aquelas horas todas não vamos só estudar né? Terá uma hora que teremos de conversar sobre qualquer coisa.

- Mano, com mulher você lhe deixa só falar - disse Stelio - lhe pergunta qual é o sonho dela, o que quer fazer no futuro, o que ela gosta de fazer, o filme dela preferido e whatever e bla bla bla. Mas não faz muitas perguntas tipo és do SIC, enquanto ela estiver a falar de uma coisa, tu dás um comentário desse tal assunto e aí abram um debate.

- E se eu ficar sem conversa depois?

- Lhe beija - disse Alberto - ou quês que eu te ensine a beijar também?

- Cala a boca palhaço, ou quês provar de novo o meu soco?

- Dessa vez vou te devolver. Brinca atoa?

- Motoqueirooooo - parou uma mota a nossa frente - leva só esse miúdo - disse Stelio mandando Alberto ir embora.

- Mas eu ainda nem dei os meus conselhos.

- Nem precisas mais dar, já falaste o suficiente. Agora baza. - disse Stelio.

- Danny se por acaso a coisa esquentar, vcs entrarem em algum clima, liga pra mim e eu levo os acessórios todos pra tua casa. Sabes se estou a falar do quê né? - gritou Alberto já sentado na moto e a partir. Eu imaginava se ele estava a falar do quê.

Apenas revirei os olhos.

- E aí? Vais falar das traições do Helmer nela?

- Ainda não sei. Mas esqueci de vos dizer um pormenorzinho: aquela morena também irá com ela. Não sei o que vou fazer.

- Bem... motoqueiroooo - ele chamou uma mototáxi, era óbvio que tava a fugir - nesse aspecto não tenho como te ajudar, vais ter de gerir essa situação. Mas lembra-te, não deixe ficarem sem conversa, isso é constrangedor. - ele disse isso partindo.

Meus amigos é que sabem deixar no show ya. Se com uma miúda não consigo conversar, imagina com duas?

Cheguei em casa ainda tentando planear como vou fazer isso. A primeira coisa que veio a minha cena foi:

Arrumar o quarto.

Mas eu nem entendi o porquê que eu ia fazer isso, ela só iria ir estudar, e nem sequer ia ir no meu quarto.

Arrumei já tale* quarto que nem ia fazer efeito nenhum, lhe deixei já bem limpo tipo saiu agora da caixa. Epa, pelo menos o quarto já ta arrumado né.

Fiquei a tarde toda a ver vídeos no YouTube sobre como falar com mulheres, como tirar a vergonha e essas cenas todas. Mas o problema até nem era saber falar, era ficar concentrado quando eu estou ao lado dela. Aquela miúda me desestabiliza.

Mas depois tirei aquilo tudo da cabeça, deixei de tentar procurar solução de como falar com ela, até porque ela só queria minha ajuda, não que eu a conquistasse. E decidi me focar só no estudo e mais nada. Além do mais, ela tem namorado.

Peguei na outra missão: Chelsea. O que fazer com ela?
Pensei em lhe encher de água, e depois ela ter vontade de urinar e eu lhe trancar na casa de banho. Todas as opções são bem vindas ahaha.
A presença dela ia me incomodar imenso, nós não nos suportamos. E pra ela aceitar ( ou se aceitar ) vai ser por muita imploração da Jessica. Porque não acredito que ela viria por vontade própria.

Após isso tudo, fui estudar pra prova de História que eu sabia que seria bem dura.

                                  ****

Eram 7h e eu já estava a me preparar pra o grande dia, o penúltimo dia de aulas.
Tava tipo já aquele era o dia em que acharam a cura do Coronavírus ou o dia em que Angola ganhou juízo como país.

Na minha casa todos estavam a achar estranho esse meu comportamento, cumprimentei todos com um grande sorriso no rosto, só faltava já ir nos vizinhos e lhes cumprimentar também.

Fui pra escola a ouvir muito Kuduro de tão feliz, e se não fosse aquela tia que tava a passar, ia mesmo dar um sovaco aí na rua. Mas manti a postura.

- Wi - disse Stelio, logo que cheguei na escola.

- Ya?

- Já pensaste no que vais fazer ?

- Epa, vou me focar só em lhes explicar o que tenho de explicar e mais nada. Não preciso de esforçar mais nada.

- Tens razão. Só não faz nenhuma estupidez, do tipo discutir com a morena ou mesmo lutarem.

- Relaxa. Vou fazer de conta que ela não está aí.

As horas passaram muito rápido, fiz a prova de História com tanta dificuldade, que eu sei que uma negativa me esperava ( nerds também tiram 0)
Sai da sala e encontrei Jessica na escada à minha espera:

- Oi Daniel. Só queria saber se ta confirmado hoje.

- Sim está. 14h né?

- Sim 14h.

Ela foi-se e eu segui o meu caminho, nem esperei mais os meus amigos. Fui a correr pra casa pra ver se estava tudo em dia.

A casa nem estava desarrumada, mas eu sismei em dar mais uma arrumadinha. Queria causar boa impressão né. Varri o quintal, esfreguei já bue a casa de banho até minha cara aparecer no chão, só faltava já dar um brilho nas chapas também.

E depois de algumas horas, estava sentado a assistir pra relaxar um pouco, já eram 14h e tal, quando de repente bateram a porta...

Pum pum pum... e eu pensei: É agora!