Capitulo 31- A despedida da ministra

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- Como? Nós nem vimos o diretor.

- Eu estava a passar com o meu carro por aquela rua quando vos vi parados no passeio, reconheci-vos de primeira e baixei o vidro. Como é que iam me ver se estavam ocupados com outra coisa.

Diretor fofoqueiro. Você se continuar assim não vais no céu.

- Namoram há quanto tempo?

- Bem, desde sábado - disse olhando pra ela.

E ele intensificou o olhar.

- Como assim desde sábado? E já fazem tanto espetáculo na rua. Bem, mas isso não é da minha conta, só queria vos dizer que vocês são bons meninos e vão com muita calma. E parem de fazer novela na rua, agora podem ir.

Sem nós dizer nada, só levantamos e fomos. Assim que saímos suspiramos fundo, parecia que estávamos num tribunal.

- Viste o carro dele parado? - ela me perguntou apontando pra o carro que estava no vasto pátio.

- Como ele disse, estava ocupado com outras coisas.

- É assim que morrem. Vão pra o aeroporto depois das aulas? - disse ela encostando e me abraçando pela cintura. O pátio estava ligeiramente vazio

- Yea, o miúdo tá cheio de medo de enfrentar o sogrão.

- Falando em sogrão tenho algo pra te dizer.

Ela me explicou tudo sobre o assunto da guarda e eu como bom ouvinte, ouvia tudo que ela dizia.

- Isso quer dizer que se a tua mãe vencer não vai ser preciso trocar de casa nem colégio? - disse já com um sorriso no rosto.

- Ela me disse que não sabe responder à essa questão. Não sei o porquê de tanto mistério.

- E suponhamos que o teu pai vença, vocês iriam viver com ele?

- Yea.

- Aonde é que ele está a viver?

- Na centralidade do Sequele - meu sorriso sumiu - por isso é que eu fiz aquela condição antes de aceitar o pedido.

- Que vigarista você. Sequele já nem devia fazer parte de Luanda de tão longe que é.

- Por isso é que eu estou a torcer que a minha mãe vença, não é querer desvalorizar o meu pai, mas eu não quero mais mudar de casa, ainda mais agora - e ela me depositou um selinho.

Eu borbulhei, ainda não estou habituado a ser beijado nos lábios ahahaha

- Força sogrinha - falei fazendo um gesto de " força "

Fomos pra as nossas salas pra tal revisão pra prova, e pouco tempo depois chegou a hora da saída.
Já os 3 mosquiteiros reunidos, era hora de ir à missão do nosso ministro.

- Bem, é agora wi - disse Alberto enquanto descíamos às escadas.

- Não faz só nenhuma estupidez Alberto, você como não tem juízo.

No portão do colégio fui ter com a virosca, a abracei e depositei um beijo na testa. Todos que estavam na rua nos olharam curiosos, incluindo os meus amigos que ainda não sabiam.

- Oi rapazes - disse ela pra os outros mosquiteiros.
Stelio respondeu só " oi Chelsea, tudo bem? ", mas o mano curibota* Alberto respondeu " Oi cunhada "

Ela me olhou e eu sussurrei " eu não falei nada "

- Alberto você é muito assuntoso ya - parece que ela já conhece o meu amigo - Tchau desgraçado, depois falamos.

Confusão no AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora