Meu Melhor Amigo ~ Krysley

Capítulo 18

- Krystian.

- Joalin? O que você tá fazendo aqui?

- ah, oi - ela diz olhando pra mim e volta a falar com Bailey, ignorando totalmente a minha presença - Como você pôde me abandonar eim? Me abandonar pra ficar com... com um garoto, logo agora que estou precisando tanto de você...

- TE ABANDONAR? VOCÊ ME TRAIU JOALIN, ME TRAIU!! - Bailey parecia nervoso

- Bailey voc... - eu a interrompo

- Ow ow ow, chega, já deu de showzinho por hoje né Joalin? Vai pra sua casa que é melhor - digo a enxotando até a porta

Antes de fechar a porta em sua cara, ela vira com os olhos marejados

- Bailey, eu estou grávida - ela diz enquanto deixa as lágrimas rolarem, paro a porta imediatamente e olho pra Bailey que mantinha um olhar de susto

- G-Gravida? - pergunto

- Sim, gravida... eu vim aqui pedir pro Bailey ir comigo amanhã no hospital, pra fazer um exame de DNA - ela fala enquanto passa as mãos pelo jeans, olho pra Bailey que agora tinha um olhar de raiva em seu rosto

- Eu não vou, porquê não vai sozinha? - ele diz e caminha até o quarto

- SOZINHA? QUAL O SEU PROBLEMA SEU IDIO... - eu a interrompo

- Ei, calma! Eu converso com ele, fica tranquila

- V-Você vai me ajudar? - ela pergunta surpresa

- Eu sei muito bem como é ter um pai ausente e por mais que eu não goste de você, não quero que o bebê passe pelo mesmo que eu e Bailey já passamos

- Obrigada - ela diz e a olho meio confuso

"Joalin me agradecendo?"

- É, eu sei... é que agora você está sendo legal comigo - ela diz

- Eu sempre tentei ser, você que nunca facilitou - falo e ouço Bailey quebrar algo no quarto - eu acho melhor você ir, antes que ele fique mais nervoso

Ela concorda e me abraça... isso mesmo, acho que ela estava tão nervosa que nem se deu conta do que estava fazendo, confesso que fiquei surpreso com o ato.
Ela me agradece novamente e eu entrego o sorriso mais sincero possível, fecho a porta e me encosto na madeira fria, agora eu preciso acalmar Bailey que está quebrando tudo pelo quarto.

"Esse garoto é louco"

...

- Bailey, mas se o filho for se...

- Ele não é meu filho!! - ele repetia a mesma frase várias e várias vezes enquanto andava de um lado pro outro com as mãos na cabeça

- Não sei como você tem tanta certeza - falo e me jogo na cama com os braços pra cima, sinto o olhar dele fixo em mim - o que foi?

- O que foi?! Krystian eu peguei ela transando com dois caras, quem me garante que esse filho não é de um deles?... Sem contar que ela pode ter transado com outros por aí

- Olha... senta aqui - sento na cama e pego em sua mão pra que ele faça o mesmo - porquê você não vai lá amanhã e faz esse teste? Se o filho não for seu vocês seguem a sua vida, que tal?

- Não é tão fácil assim...

- É claro que é Bailey, é você que sempre complica - falo um pouco grosso

- Mas e se esse filho for realmente meu? - ele se levanta e vai até a varanda - o que eu vou fazer?

Me levanto e vou até ele

- Cuidar dele né, ou vai abandonar os dois? - o olho esperando a resposta

- É claro que não Krystian, eu não sou assim, você sabe, se o filho for meu vou ajudar a Joalin a cuidar dele...

- Então, não custa você ir lá não é? E se esse filho for mesmo seu, eu vou estar aqui pra te ajudar - falo e lhe dou um beijo

Ele parecia calmo mas eu sei que por dentro estava em pânico, implorando pra que essa criança não fosse dele.
Deixei que ele ficasse um pouco sozinho e fui tomar um banho.

"Será que ela está mentindo?"

"E se esse filho for mesmo dele?"

"E se ele voltar com ela?... Não, isso não vai acontecer"

"Para de ser egoísta, ele precisa de você"

Saí do banheiro e todos os pensamentos sumiram quando vi aquela cena, ele estava deitado na cama, com os olhos fechados, parecia estar tão calmo.

"Eu tenho tanta sorte em ter você"

Deitei em seu lado devagar, pra que ele não acordasse e como de costume ele me abraçou.

- Eu te amo - ele sussurra de olhos fechados, não consigo explicar como me senti ao ouvir ele falar isso, então apenas sorri e fechei o olhos.

...

O médico solta um longo suspiro enquanto lê atenciosamente os papéis em sua mão.

- Então doutor, esse filho é meu? - Bailey pergunta.

Estávamos os três no hospital, aflitos esperando o resultado do teste.
Ele olha pra nós três, põe os papéis sobre a mesa e encara Bailey.

- Sim - depois de alguns segundos o doutor fala - você é o pai.

silêncio.

***

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