Capítulo 4

3.9K 367 258
                                    

- Krystian.

No dia seguinte fui ao banheiro para tomar um banho e ao me secar ouço algumas batidas na porta.

- Quem é?

- Sou eu Bailey, quem mais seria?

- Ah, pode entrar

- Entrar? Cara, você deve estar peladão

- Você já me viu pelado várias vezes enquanto eu trocava de roupa, qual o problema em ver agora?

- Falando assim até parece que você quer ganhar algo - ele responde num tom de deboche. Ao olhar para baixo percebo algo crescendo de baixo da toalha, e sem pensar solto uma frase

- Até que não seria uma má ideia, ora aliviar um pouco as coisas aqui - ao perceber o que havia falado, tapo a minha boca e me arrependo amargamente. Naquela hora um rápido silêncio se instalou no banheiro, nem eu e nem Bailey falamos nada.

- Ainda está aí? Eu estava brincando - ele não me responde, visto a roupa rapidamente e abro a porta devagar para ver se ele ainda estava alí, e ele não estava, e foi aí que me arrependi ainda mais por ter falado aquilo

Fui na cozinha e Bailey estava sentado á mesa esperando a chaleira esquentar, dei meia volta e pensei em sair dalí, mas parece que ele me viu

- Krystian? Pode vir aqui? - ele pergunta e faz eu me virar, vou me aproximando nervoso pelo o que ele poderia dizer e fui logo tratando de me desculpar

- Olha... e-eu estava brincando, sério mesmo cara, não queria ter falado aquilo e... - ele fica em pé em minha frente sem dizer se quer uma palavra, meu corpo tremia e meu coração só faltou sair pela boca

"Ai caralho, é agora"

Fui surpreendido por um abraço enquanto ele não parava de rir, eu fiquei com  os olhos arregalados sem entender nada.

- Olha... - ele se afasta do abraço e põe as mãos em meus ombros - eu estava zoando, mas aquilo que você falou foi estranho demais

- Eu já disse que estava brincando, me desculpa mesmo cara - falo sério e um pouco desesperado

- Se acalma cara, eu já te desculpei... - ele segue até o fogão - mas posso te fazer uma pergunta?

- Pode

-Você é gay? - ele pergunta assim, sem mais nem menos, me levanto rapidamente da cadeira e acabo derrubando um copo que estava ao meu lado

- NÃO! - falo tão alto que o vejo arregalar os olhos um pouco assustado

- Não vai me dizer que você é homofóbico -ele questiona

- Claro que não, só não gostei dessa pergunta... sei lá, você foi muito direto

- Me desculpa, não quis insinuar nada - ele parece estar arrependido por ter feito essas perguntas, com certeza achou que eu fiquei magoado.

Ficamos em silêncio sem dizer ao menos uma palavra, até que ele termina de coar o café e diz que vai à padaria.

"Merda, eu e minha boca grande"

Meu Melhor Amigo ~ KrysleyOnde histórias criam vida. Descubra agora