Capítulo 2

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Boa noite. Desculpe o atraso, tinha ido a igreja, nessas horas rezar é bom, mas aqui está mais um capítulo. Espero que goste. 


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Mia

Estar em uma cidade nova não era uma coisa diferente para mim. Não após minha fuga da Albânia e fugindo da máfia, não podia ficar muito tempo em um lugar só, isso é uma coisa que não gosto.

Trabalhar e ser mãe solteira foi difícil, ainda mais para uma menina de dezessete anos na época. A sete anos vivo fugindo de cidade em cidade. Vivendo com nomes novos onde tento seguir minha vida.

Entretanto o passado tende a bater em nossa porta, a um mês e meio estávamos em Veneza quando cheguei na rua de casa, tinha polícia na casa vizinha. Na hora achei que fosse um roubo qualquer. Embora segui andando com o carro e não parei não querendo questionamentos policiais, isso traria problemas a mim. Fui ao meu trabalho, mas estava cheio de polícia também. Sabia que algo tinha acontecido, então só partir da cidade.

Ouvi na rádio da cidade que duas famílias foram torturadas. Sorte que não deixava nada em casa que mostre onde me encontrar ou Graziela. Mas vidas foram tiradas aposto que para saber meu paradeiro.

Tinha chegado a Milão a um mês e meio e morava em uma casa afastada da cidade, mas era longe demais do serviço, não deixaria Graziela em escola com nomes falsos, mas ensinava tudo a ela, como escrever e ler. Espero que em breve possa colocá-la em uma escola com crianças de sua idade.

No período que trabalho a coloquei em um estúdio de balé, minha menina ama dançar. Ela está animada por morar aqui, espero que ninguém me siga nessa cidade.

Conheci Luna logo quando cheguei aqui e comecei a trabalhar nesse lugar. Ela vinha no café todos os dias e criamos um grande laço afetivo de amizade. Onde ela dormia na minha casa e eu não dela. Confiava nela a ponto de deixar minha filha com ela, a menina é uma doçura de bondade.

Franzi a testa observando Luna discutindo com um cara na mesa que estava, ela se levantou e veio até onde estou.

— Algum problema? — sondei preocupada.

Sorriu sacudindo a cabeça.

— Nenhum, espero que aceite a minha oferta — ela caminhava na direção do banheiro — Assim que voltar iremos retornar a conversa.

Eu estava atendendo a mesa na lanchonete perto da faculdade onde ela estuda. A menina era uma ruiva linda de cabelos cacheados, me lembra moranguinho.

A três dias que estou procurando uma casa para ficar perto do meu serviço, então ela me ofereceu a sua cara, uma que mora aqui perto da faculdade, assim faria companhia a ela. Fiquei de pensar.

Virei para o homem que discutia com ela antes, ele era alto, forte embora estivesse de terno escuro. Olhos tão verdes que fiquei hipnotizada por um segundo.

Embora seja lindo, sua expressão era fria, não revelava nada. Entretanto vejo eles aquecerem quando olhava para Luna, notei isso antes de ela sair. A menina tinha dezenove, e o cara uns trinta anos, acho. O que um homem como ele faz com uma garota novinha assim?

Quando Luna falou que amava um cara achei que fosse da sua idade, mas aqui está um cara quase o dobro da idade dela, embora para o amor isso não voga nada. O que não gostei foi como ele impôs sua ordem, não ouvi a conversa, mas os gestos que ele fazia parecia ser de uma pessoa autoritária.

Fui até ele e fiquei na sua frente fazendo com que franzisse a testa com a minha aproximação.

— Não é velho demais para uma menina como Luna? — fui direta, sou dessas, se quero saber algo vou direto ao ponto.

Alessandro, completo por 24 horas, será retirado dia 12/05Onde histórias criam vida. Descubra agora