18. Almost

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Eu e Matt caminhávamos lado a lado na rua. Estávamos indo pra casa dele depois da aula.

— E você e o Chandler namoram mesmo? – ele perguntou e eu neguei com a cabeça.

— Não, a gente é só amigo. – ele assentiu.

— Então você graça todas as segundas, terças, quartas e sextas? E nas quintas você ensaia pra apresentação de dança que irá haver na escola?

— Isso. Não ensaiamos realmente a dança, por enquanto a professora só está passando as coreografias de um vídeo. – ele assentiu.

— Super ocupada.

— Mais ou menos... – respondi. Ele subiu em uma calçada e eu o segui. Ele destrancou a porta e nós entramos. Saímos em uma sala e ele largou sua bolsa no chão.

— Temos sorte do meu pai não estar aqui, ele é um saco as vezes. Vamos. – ele segurou minha mão e me puxou pela casa. Subimos as escadas e entramos em um quarto com paredes todas desenhadas.

— Legal... – falei analisando os desenhos.

— Espera até ver os outros. – ele disse se sentando em uma cadeira de rodinhas e ligando o computador

— O que? Você que fez? – ele assentiu e eu sorri. — São... lindos. Parabéns, você tem muito talento.

— Cada um possui segredos – ele disse. Me sentei na cama próxima a mesa de estudos. — Então, vamos falar sobre o que? Eu estava pensando em peças de teatro. Tem várias sobre aquela época.

— Por mim, tudo bem. Eu acho uma boa idéia. – falei e ele assentiu abrindo a guia.

**

— Terminamos. – ele disse fechando a página.

— Graças a Deus, nunca vi tantos textos na minha vida. – falei e ele riu.

— Você é engraçada. – se virou pra mim.

— Isso porque não convive com a Katelyn. – falei e ele assentiu.

— Vem, eu quero te mostrar uma coisa. – nós nos levantamos e caminhamos até a última porta do corredor. Ela a abriu e nós entramos. As paredes eram todas desenhadas e havia várias telas de pintura espalhadas pelo quarto.

— Deve estar brincando! Fez todos esses? – perguntei.

— Foi.

— São incríveis! Eu não sei desenhar nem uma casa direito. Vai fazer faculdade de arte? – ele negou com a cabeça e colocou as mãos dentro do jeans. — E por que não? Iria ser aceito em várias delas.

— Meu pai quer que eu curse medicina em Eastern. Ele disse que pessoas assim não tem futuro então... – eu assenti e continuei olhando os desenhos. Ele foi para trás de uma tela e se sentou em um banco. — Ah, obrigado. Você é a única pessoa que gosta deles. Não que eu fique mostrando pra todo mundo é que...

— De nada. – falei e sorri. Ele se levantou e pegou um desenho de uma paisagem.

— Toma, pra você. – me entregou.

— Sério? – ele assentiu e eu peguei o desenho. — Obrigada. – ele sorriu e se aproximou. Ele começou a se curvar na minha direção e segurou meu rosto com uma das mãos. Eu fechei meus olhos e ouvi o toque do meu celular. Ele se afastou sorrindo e eu o peguei dentro da minha bolsa. — Foi mal. – vi a foto de Chandler no visor e atendi. — O que foi? – perguntei.

Atlanta Boy • Chandler Riggs Onde histórias criam vida. Descubra agora