14. Party Life In Color

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A música estava alta e se eu não me engano estava tocando Animals, do Martin Garrix. Fomos pra perto do palco enquanto as máquinas soltavam fumaça em cima da gente.

Olhamos para o telão bem ao nosso lado e estava em uma contagem regressiva. Quando o relógio chegou ao zero, um líquido caiu por cima de nós. Eu ri enquanto era coberta por uma tinta azul. Eu a tirei do meu rosto e passei a mão nos cabelos já sujos.

Mais gente começa a entrar e o lugar começa a ficar mais abafado e apertado. Eu comecei a dançar e vi Chandler conversando com um cara. Ele veio até mim e se curvou na minha direção.

— Ele vai tirar uma foto nossa – gritou por causa do barulho alto. Eu assenti e ele me abraçou de lado. Fiz uma careta e vi o flash saindo do celular. Chandler foi até e agradeceu.

**

Nós já estávamos cheios de tinta, quase um arco-íris. As tintas continuavam a cair e as musicas continuavam a tocar. Começou a tocar Blame e eu voltei a dançar com Chandler ao meu lado.

Nós nos demos as mãos e começamos a dançar juntos.

— Sua boca tá azul! – ele falou em um tom alto e eu ri.

— A sua está vermelha! – gritei de volta e ele assentiu dando risada.

— Quer fazer o roxo? – ele perguntou e nem esperou eu responder. Ele colou nossas bocas em um beijo calmo. Ele colocou uma de suas mãos em meu rosto e a outra na minha cintura. Chandler pediu passagem com a língua e eu concedi enquanto a música continuava a martelar em nossos ouvidos.

Blame it on the night
Don't blame it on me
Don't blame it on me
So blame it on the night
Don't blame it on me
Don't blame it on me
Don't blame it on me

Sua língua explorava minha boca enquanto eu passava meus braços em volta de seu pescoço o puxando pra mais perto. Suas mãos desceram um pouco e eu sorri. Quando o ar nos foi necessário, nós nos separamos. Ele encostou sua testa na minha e afastou uma mecha do meu rosto. Eu olhei para sua boca lilás e sorri. Ele sorriu e se afastou entrelaçando nossas mãos e nós levando pra frente do palco.

**

Nós saímos do maio da multidão indo para o lado de fora. O céu estava escuro e as ruas com pouco movimento.

— Cara, são cinco da manhã. – Chandler falou olhando pro celular. 

— E eu estou com sono. – falei. — Provavelmente não irei dormir, tirar essa tinta não vai ser fácil.

— Eu vou tomar banho, mas pelo menos 1hr eu durmo.

— Não falte na aula. Se não sua mãe vai me matar, em seguida de você.

— Não vou faltar. – caminhamos pela rua indo pra casa. Meus pés doíam assim como minas pernas. Eu parei de andar e retirei o tênis manchado. Quando avistei o prédio, sorri.

— Ai, graças a Deus. – falei caminhando mais rápido e pegando minhas chaves no bolso. — Quer que eu vá com você até sua casa?

— Lógico que não, são só duas quadras pra baixo, e outra, você voltaria sozinha?

Atlanta Boy • Chandler Riggs Onde histórias criam vida. Descubra agora