Capítulo 202

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Eu sigo a Sarah e o gato até a sala de estar. A Cassandre nos espera lá, acomodada em uma cadeira de balanço com uma colcha de retalhos sobre colo

- Ah, você o encontrou! Esse pequeno patife! -  Diz Cassandre

O gato se contorce nos braços da Sarah até que ela o solte. Ele pula no colo da Cassandre e ronrona antes de se enrolar.

- Qual o nome dele? - Eu digo

- Isso é um segredo. Os nomes podem se tornar Passivo? - Diz Cassandre

- Desculpe, eu não entendo... Por que um nome seria passivo? - Eu digo

- Se um inimigo sabe o seu nome, ele pode usá-lo para colocar uma maldição em você. É simples assim... - Diz Cassandre

- Então, Cassandre não é o seu nome verdadeiro? - Eu digo

- É o meu nome oficial. As bruxas têm outro nome no entanto, que mantêm em segredo por toda a sua magia. Não podemos ser derrotadas enquanto nossos inimigos não souberem. É uma medida de segurança que usamos desde o início dos tempos. - Diz Cassandre

- E eu suponho que nossos nomes de bruxas nos são dados no nascimento por nossas mães. - Eu digo

A velha olha para mim intensamente, depois balança a cabeça franzindo a testa.

- É por isso que as bruxas cujas mães morrem no parto são as mais vulneráveis. Sem esse nome, seus poderes são instáveis. - Diz Cassandre

- Em outras palavras, perder minha mãe antes que ela pudesse me dizer qualquer coisa significa que estou condenada a ter poderes incontroláveis. - Eu digo

A Cassandre Osborne olha para sua neta, depois acena para um pacote de envelopes na mesa da sala de jantar.

- Sarah, eu quero que você entregue isso para o resto das bruxas do clã. Elas precisam ser informadas sobre esses eventos recentes. - Diz Cassandre

- Não pode esperar? Prefiro ficar aqui com a Sophia. - Diz Sarah

- Querida, eu realmente preciso de você para cuidar disso. agora. - Diz Cassandre

A Sarah lança um olhar hesitante para mim. Eu sorrio para que ela saiba que ela não precisa se preocupar. Ela pode sair um pouco com a consciência tranquila.

A Sarah suspira, então pega a pilha de cartas e sai correndo da vila. A Cassandre sinaliza para eu sentar na frente dela.

- Minha mãe escondeu meu nome de bruxa de mim. Isso significa que eu nunca serei completa? - Eu digo

- Tudo depende de você... Suas decisões determinam seu futuro: você pode transformar um obstáculo em uma oportunidade. - Diz Cassandre

- Isso realmente não responde a minha pergunta. - Eu digo

A velha bruxa estreita os olhos enquanto me examina, como se estivesse tentando ler meus pensamentos.

- Sophia White, você finalmente tomou sua decisão? Você concorda em se tornar uma vampira para frustrar os planos do Viktor? - Diz Cassandre

- Eu... Me desculpe, eu ainda não consegui decidir. Eu estou realmente dividida. Eu quero tanto ser humana... - Eu digo

- Infelizmente, o tempo é um luxo que você não tem. O Viktor está perto, e só Deus sabe o que ele fará se ele usar seus poderes. Ele se tornará mais poderoso do que nunca e poderá usá-los para ferir todos que você ama, por exemplo... - Diz Cassandre

Não, qualquer coisa menos isso!

Eu não gosto nada disso!

- Não tem necessidade de me pilhar! Eu sei que o Viktor não é um coroinha. - Eu digo

- Saber é uma coisa, aceitar com responsabilidade é outra. - Diz Cassandre

- Você pode achar egoísta, mas não se esqueça que é da minha vida que estamos falando! Não é fácil desistir... - Eu digo

- Pelo menos você tem uma escolha. Muitas pessoas não tiveram tanta sorte. - Diz Cassandre

Eu suspiro.

- De qualquer maneira, não importa o que eu escolha, eu perco. - Eu digo

A mão da velha congela no peito do gato. Seu rosto fica tenso e seu olhar endurece.

- Se eu optar por me tornar uma vampira, vou desistir da minha humanidade e dos Bartholy, minha família adotiva. Por outro lado, se eu optar por permanecer humana, vu definitivamente perder a minha vida e serei praticamente responsável pelo mal que o Viktor fizer. - Eu digo

- Infelizmente, você está certa. Essas são todas as desvantagens da sua situação... - Diz Cassandre

- Ah, e há aspectos positivos, suponho? - Eu digo

- Claro! Você só precisa aprender a ver as coisas de forma diferente... - Diz Cassandre

- Como se fosse assim tão simples! - Eu digo

Eu respiro fundo na esperança de acalmar meus nervos.

- Tenho certeza que você tem muito mais argumentos para me convencer a se tornar uma vampira, mas pretendo tomar a decisão sozinha. - Eu digo

- Apesar do que você pode pensar, não estou tentando influenciá-la. Estou apenas tentando ajudá-la a ver o quadro geral. - Diz Cassandre

- Não se preocupe, você tem sido muito clara. Eu acho que sei exatamente qual é a situação... - Eu digo

- Nesse caso, a bola está no seu colo. - Diz Cassandre

Eu a olho diretamente nos olhos e ela sorri levemente. Eu acho que, à sua maneira, a Cassandre Osborne me apoia. Esse pensamento só aquece meu coração.

- Eu sei que te devo muito, mas é cedo demais para lhe agradecer. Minha sobrevivência ainda está indefinida. - Eu digo

- Eu ajo por dever, não porque eu quero ser agradecida. De qualquer forma, você está certa. Isso não vai acabar contanto que você ainda seja o alvo do Viktor. - Diz Cassandre

- O Viktor é uma ameaça para todos nós. Se ele conseguir obter o que procura, ele simplesmente passará para seus outros inimigos. - Eu digo

De repente sinto a necessidade de sair da vila. Eu preciso de um pouco de ar fresco para poder pensar.

- Se você permitir, eu vou dar um passeio na floresta. - Eu digo

- Eu entendo sua necessidade, e não vejo nenhum problema com isso, enquanto você permanecer dentro do perímetro de segurança da vila. - Diz Cassandre

Eu aceito e pego minha jaqueta nas costas de uma cadeira, depois saio da vila Osborne.


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