Is It Love - Drogo VLM2

Capítulo 239

Eu entro em sintonia com o Drogo e o sigo até a borda da floresta na propriedade Bartholy. O clima é magnífico. Todos os meus sentidos estão acordados.

Eu percebo incontáveis cantos de pássaros, os aromas da floresta, o farfalhar do vento através das folhas, o som abafado de nossos passos na grama.

Uma verdadeira sinfonia da natureza!

A poucos passos de mim, o Drogo prossegue com passos firmes e decididos. Eu posso sentir sua determinação só do jeito que ele anda.

Eu sorrio um pouco. Raramente vejo o Drogo tão sério! É quando ele para e se volta para mim com um ar de professor.

O Drogo passou por todas essas fases. Tenho certeza de que ele será capaz de me guiar pelo labirinto escuro do meu treinamento.

- Vamos começar. Para facilitar as coisas para você, vou dividir tudo em três categorias: Restrições - Diferenças - Limites. - Diz Drogo

Eu aceno com obediência e dou a ele a minha atenção.

- Eu vou deixar o Nicolae lidar com as restrições. Elas são tão irritantes de qualquer maneira, e incrivelmente chatas. - Diz Drogo

Esse é o Drogo! Ele odeia restrições de qualquer tipo, não importa o que sejam. 

- Quanto às diferenças da vida humana, não tenho nada para lhe ensinar. Sua curiosidade já cuidou de tudo. - Diz Drogo

Eu sorrio para mim mesma, lembrando da minha pesquisa na biblioteca da faculdade, as perguntas que tive sobre os Bartholy...

- Então vamos nos concentrar nas suas habilidades vampíricas. - Diz Drogo

Estou dilacerada: Estou animada para ver do que eu sou capaz, ainda que destroçada pelo medo do fracasso.

Todos os meus músculos estão tão tensos que poderiam quebrar. Fecho os meus olhos e respiro fundo para recuperar a compostura necessária. 

- Seu treinamento será na floresta. Eu não vou estragar tudo de novo como da última vez, com aquele acidente de carro na cidade. - Diz Drogo

- Eu não vou usar meus poderes, mas você está certo em se preparar para uma possível perda de controle. Nós nunca sabemos... - Eu digo

Drogo confirma minha afirmação com um leve aceno de cabeça, depois pula para balançar em um galho bem acima de nossas cabeças.

- Venha Jane, suba comigo. - Diz Drogo

Com meus pés em terra firme, eu observo este senhor da selva incerta.

- Obrigada pela oferta, Tarzan. Mas acho que vou ficar no chão por enquanto. - Eu digo

- Venha! Você só precisa se concentrar em seu objetivo e seu corpo vai cuidar do resto. - Diz Drogo

- Fácil para você falar... - Eu digo

Eu não estou com medo de altura, mas esse galho parece muito alto.

- Você pode fazer isso, Sophia. Concentre-se no galho e pule! - Diz Drogo

Impulsionada pelo seu encorajamento, deixo minhas inibições e salto como uma trapezista para pegar o galho.

O Salto é desconcertantemente fácil. Ainda espantada, olho para o chão abaixo de mim. Eu estou realmente muito alto...

- Viu? Você é uma verdadeira acrobata! - Diz Drogo

Isso é loucura! Eu nunca esperei ser tão ágil!

- Isso é incrível! E tudo sem o menor esforço! - Eu digo

- Uma coisa é certa, você vai começar a gostar rapidamente. - Diz Drogo

- Absolutamente! Esta prévia já é inebriante! - Eu digo

- Nesse caso, você ainda não viu nada! - Diz Drogo

O Drogo vai para frente e para trás como um pêndulo e pula para alcançar o próximo galho.

Eu entendo imediatamente o que ele espera de mim. Movendo-me rapidamente corro atrás dele, perseguindo-o de galho em galho.

Durante horas, rimos juntos, nos movendo cada vez mais alto, cada vez mais rápido. Eu não consigo pegá-lo, mas estou quente em seus calcanhares.

Nesse ritmo vertiginoso, o vento bate no meu rosto, tirando lágrimas dos meus olhos. Mas não é desagradável, muito pelo contrário. Me sinto viva!

O aroma de vegetação rasteira, do solo e de cogumelos invade minhas narinas. Eu tento ignorar esta sinfonia olfativa para me concentrar na corrida.

De repente, um aroma sedutor sopra em minha direção, desestabilizando-me. Eu congelo em um galho e olho para baixo.

Usando meus sentidos aguçados, observo cada árvore, cada mata à distância. Eu fico totalmente em silêncio, esperando pelo menor som.

Então eu vejo um coelho. Está levemente ferido, o sangue escorre pelo cinza. Isso é tudo o que eu preciso para a minha sede de sangue torcer meu estômago.

Bebi um copo de sangue nem uma hora atrás! Se eu deixar minha sede de sangue me controlar, eu nunca vou conseguir controlá-la!

Meus caninos emergem das minhas gengivas e, reflexivamente, eu mordo meu antebraço para controlar meus impulsos. É tão doloroso...

Uma voz distante grita meu nome ao vento. Eu tento me concentrar para manter a compostura, mas é em vão. O cheiro de sangue me obceca.

Impulsionada por uma espécie de impulso sobrenatural, deixo-me cair no chão. Minha visão imediatamente se altera, assumindo um tom vermelho.

O coração do coelho bate em meus ouvidos, não consigo mais pensar direito. E antes mesmo de notar, eu começo a perseguir o animal.

Meus caninos doem terrivelmente, o cheiro de ferro do sangue me intoxica. Meu instinto de caça está no auge.

Uma coisa fica dolorosamente clara. Eu preciso pegar esse coelho e drenar seu sangue. É uma necessidade visceral que anula todo o resto!

Eu finalmente encurralo minha presa em um tronco de uma árvore.

Andando levemente, aproximo-me do animal, pronta para pular nele e afundar minhas presas em sua carne.

- Não, Sophia! Não o mate! - Diz Drogo

Eu sinto o olhar de desaprovação do Drogo pesando em mim, mas eu ignoro. O coelho ferido e o cheiro de sangue captam toda a minha atenção.

- Por que não?! A floresta está cheia de coelhos... Um a menos não faz diferença... Deixe-me matá-lo. - Eu digo

- Você não deve gostar de matar. Se você está com fome, nós temos o que você precisa em casa! Nunca encerre uma vida por esporte! - Diz Drogo

Eu não quis fazer nenhum mal. Eu só quero praticar, enquanto também me alimento de forma independente.

Ainda assim, sou apenas uma jovem vampira. Seria uma pena se eu pegasse maus hábitos no começo.

O Drogo está falando a verdade. Nada justifica assassinar esse coelho. Eu posso matar minha sede na mansão.

Eu suspiro alto. O Drogo me impediu no meio do caminho... Minha sede de sangue e as nuvens escuras em minha mente começam a desaparecer. Minha visão clareia novamente.

Eu dou um passo atrás e velho o coelho ferido correr.

- Sua força de vontade venceu, estou orgulhoso de você. - Diz Drogo

- Eu admito, eu gostei dessa caçada espontânea, mas agora estou faminta... - Eu digo

- Minha linda precisa de algo para fincar seus dentes? Não se preocupe, é hora de voltar para a mansão de qualquer maneira. Usarei esta oportunidade para sugerir ao Nicolae que organizemos uma pequena caçada para você amanhã à noite. Acho que será um ótimo exercício para você. - Diz Drogo

- Eu mal posso esperar! - Eu digo