Chapeuzinho Vermelho - Lua de Sangue

Prólogo

Louise Evans era uma doce menina, pura e inocente que não enxergava a maldade e crueldade que havia no mundo. Morava com seus pais, Amélia e Joseph Evans e sua irmã Alyssa. Eram felizes no pequeno vilarejo, sua avó Eleanor morava na floresta, os moradores diziam que ela era uma bruxa por morar na floresta mas Louise sempre ia visitá-la, só que constantemente haviam aparições sobre um lobo na floresta, então sua mãe Amélia á proibiu de ir na casa de sua avó, pois estava muito perigoso.

Louise tinha 17 anos, seus cabelos eram negros e mediano, os olhos eram esverdeados, sua pele era branca, não era muito alta, tinha seus 1,56 de altura, seu corpo não era muito avantajado, era magra mas tinha suas curvas. Sua irmã Alyssa tinha 19 anos, seus cabelos dourados e olhos azuis, diferente de Louise, ela era alta, seu corpo era escultural, bonito, desejada pelos homens do vilarejo.

Eleanor sempre dava conselhos para sua neta, era atenciosa e misteriosa, morava sozinha dentro da imensidão daquela floresta e não tinha medo dos rumores que haviam sobre ela. Nunca falava sobre o seu passado, o que era estranho porque com isso, os moradores tinham medo de chegar perto de sua casa, pois a chamam de bruxa mas Louise nunca acreditaria em uma coisa dessas, pois amava sua avó.

Louise sonhava em encontrar o amor da sua vida, mesmo sua mãe querendo que ela se casasse com James Harris, filho do homem mais rico no vilarejo, ela não queria se casar com ele, era muito nova para se casar, James tinha 22 anos, bem sucedido e uma ótima condição financeira, era "lindo" como sua irmã dizia, cabelo loiro escuro, um belo porte físico, Alyssa era apaixonada por James mas ele já era prometido à Louise.

Que besteira, se Alyssa que já tinha seus 19 anos, era o par ideal para James mas sua mãe não gostava da ideia, dizia que Louise era uma moça direita, era doce e gentil perfeita para ele, já Alyssa era mais avançada, tinha uma personalidade forte. Mas, James não era isso tudo que diziam, ele era sujo, arrogante. Algumas ex's esposas disseram que no começo era um homem atencioso, romântico mas com o passar do tempo ele se tornou agressivo, não ajudava em nada, não se preocupava, um completo bastardo.

- Eu não irei me casar com James, mamãe.

- Não adianta, você irá se casar com ele, não seja uma vergonha para esta família, Louise.

- Mas eu não o amo!

Louise amava sua mãe mais que tudo nesse mundo, mas sabia que nunca entraria na cabeça de sua mãe que Louise nunca iria amar James. Falar não adiantaria nada, então Louise foi até a casa de sua avó pedir conselhos, mesmo sua mãe a proibindo de entrar na floresta.

O caminho foi tranquilo até chegar perto de uma parte da floresta em que uma família havia sido morta a sangue frio, ninguém ousaria entrar naquela parte da floresta.

Louise andava tranquilamente quando de repente ouviu alguns galhos sendo quebrados, automaticamente acelerou o passo. E em um momento de distração, olhou para dentro da sombria floresta e se deparou com um enorme lobo, sua pelagem era completamente negra, seus olhos vermelho sangue, ele a olhou por um instante e em um piscar de olhos, desapareceu completamente, adentrando mais afundo naquela floresta.

Quando Louise presenciou aquela cena, não sabia se realmente tinha visto ou apenas foi uma alucinação. Como já estava perto da casa de sua avó, ficou mais calma e bateu na porta apressadamente.

- Louise, minha querida. Entre!
Disse Eleanor com um brilho em seus olhos mas logo ficou séria ao ver sua neta, Louise com um semblante assustado. Adentrou a casa de sua avó, estava confusa.

- Oi, vovó. - disse em meio a voz trêmula.

- Aconteceu alguma coisa, querida? parece assustada.

- Não, vovó, está tudo bem. - respondeu tentando disfarçar mas não adiantou muito.

- Louise, sabe que pode contar as coisas para mim.
Eleanor sempre sabia quando alguém estava mentindo.

- Acho que vi alguma coisa ou alguém dentro da floresta mas não é nada de mais.

Eleanor olhou séria e desconfiada mas logo abriu um sorriso, foi até uma caixinha que sempre guardava seus pertences. Tirou de lá um cordão com uma cruz de prata, era simples e bem bonito.

- Aqui, querida, pra você. Estava esperando a hora certa pra te dar, isso irá te proteger quando eu não estiver por perto.

- Que lindo, vovó!
Louise colocou o cordão e ficou mais calma, sua avó sempre a acalmava.
Eleanor foi para a cozinha, fez um chá e levou biscoitos para Louise.

- Aqui está, coma tudinho e me conte o motivo de sua visita. - Disse Eleanor tomando um gole de seu chá e se sentando na poltrona perto da lareira.

- Mamãe quer que eu me case com James, vovó, eu não quero me casar com ele, a senhora poderia conversar com ela? - Louise não o suportava.

- Ah, minha querida, não se desespere, vai dar tudo certo mas me conte, quem é esse James? - Perguntou Eleanor, um pouco curiosa.

- Ele é o filho do Sr. Harris, o homem mais "rico" do vilarejo, mamãe quer que eu me case por puro interesse, ela nem quer saber o que eu penso sobre. - Diz Louise, um pouco irritada. Mas quando sua avó ouviu o sobrenome Harris, ficou séria.

- Escute Louise, você não poderá se casar com este homem, de maneira alguma! - Eleanor diz com raiva, seu comportamento muda e começa a agir estranho quando ouve o sino da igreja tocando. Era noite de Lua cheia e estava muito perigoso para Louise.

- Vovó, tenho que ir. - Louise já estava preocupada e um pouco assustada pelo comportamento de sua avó.

- Vá depressa! está tarde e tome cuidado. O cordão irá te proteger. - Eleanor se despede de Louise e tranca portas e janelas.

Louise, assustada com o ocorrido na casa de sua avó, foi para casa o mais rápido possível mas na metade do caminho começou uma tempestade muito forte, estava escuro demais e não sabia para onde ir, não conseguia enxergar pela densidade da floresta.

Ela correu para um lado qualquer da floresta mas não se deu conta que adentrava na parte mais sombria da floresta, aquela que ninguém ousaria entrar. Correndo sem prestar a atenção, o barulho dos trovões aumentavam cada vez mais, o vento ficava mais forte até que esbarrou em um homem, um lenhador. Aparentava ter uns 38 ou 40 anos, logo pediu ajuda.

- Moço, para onde fica o lado do vilarejo? - Perguntou Louise, desesperada.

- Olá gracinha, o que faz nessa floresta sozinha? já passou das sete... - disse o homem não respondendo sua pergunta com um sorriso malicioso. - venha, irei te mostrar o caminho. - O lenhador pegou no braço de Louise e na outra mão, o machado que carregava. Começou a andar mais afundo na floresta.

- Está me machucando, me solte! - Louise começou a gritar e algumas lágrimas caíam em seu rosto involuntariamente.

- Tarde demais, mocinha... Sua mãe não te avisou dos perigos da floresta à noite? - disse o lenhador com um olhar tenebroso e com um sorriso nojento. - Você será minha!

O lenhador gritou mas de repente um uivo, um uivo assustador, ousaria dizer que era grotesco, parecendo estar próximo.