001; Algumas coisas não mudam

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Sasuke acompanhou Sakura até metade do caminho enquanto ela lhe contava algumas histórias história . Tudo que conseguia ver era o quão diferente ela era de sua irmã mais velha. Parecia surreal depois de tanto tempo descobrir que Konan tinha uma irmã tão diferente de si. Apesar da inconfundível aparência em comum, Sakura e Konan era como água e vinho.

Sakura tinha um sorriso doce, um olhar sereno e sincero, que ele jamais havia visto em Konan.

— Então, porque exatamente nunca ouvimos falar de você? – Sakura sorriu, colocando uma mecha de seu cabelo atrás da orelha.

— Nossos pais se separam quando éramos mais novas. Eu fiquei com minha mãe e Konan ficou com o papai. – ela deu de ombros. — Ele decidiu voltar para cá. Enquanto mamãe e eu permanecemos em Tokyo. Konan nunca mencionou nada sobre mim, não é? – questionou curiosa. O rapaz negou com a cabeça, e ela mais uma vez sorriu. Sasuke se viu hipnotizado olhando para aquele sorriso tão adorável. — É bem a cara dela, Konan nunca quis manter contato com gente.

— E porque você está aqui agora? – Sasuke notou uma expressão triste tomar o belo rosto de Sakura.

— Minha mãe morreu…

— Eu sinto muito – Ele lamentou.

A Haruno assentiu forçando um sorriso. — Faz três meses, ela e meu padrasto morreram num acidente de carro.

Sasuke forçou um sorriso para Sakura, enquanto a mesma mantinha um olhar perdido fitando a rua. Passaram em frente ao cemitério, e ela parou olhando para um anjo branco em cima de um lápide. Por algum motivo bizarro a garota entrou no lugar, sendo prontamente seguida pelo rapaz. Sakura parou olhando atentamente para o anjo, suas asas estavam quebradas, seu rosto amarelado pelo tempo. Ela abaixou os olhos encarando a foto.

Konohamaru Sarutobi
“Aqueles que amamos nunca morrem, apenas partem antes de nos”.

— Sempre vou me perguntar, porque alguém tão jovem morre. – Sakura tocou no anjo de concreto ao mesmo tempo que Sasuke, quando as mãos se tocaram um calor percorreu o corpo do moreno, uma sensação terna e agradável. Os olhares se encontraram e Sakura sorriu abaixando a cabeça. — Desculpe, esse lugar me acalma apesar de tudo. – a de cabelos róseos murmurou. — Sempre vou a cemitérios para escrever em meu diário. Uma bobagem não é?

— Não, não é. Eu também escrevo num diário. Mas não em cemitérios. – Sasuke respondeu calmamente.

Sakura sorriu com olhos arregalados.

— Você tem um diário?

Ele assentiu com a cabeça. — Eu sei. É muito estranho um cara escrever um diário.

— Sim, mas não quer dizer que seja ruim.

Ficaram em silêncio olhando um para o outro. Sasuke sentia como se pudesse permanecer ali, olhando-a a vida toda. Mas as gotas grossas e geladas de chuva começaram a cair, dando fim ao momento único que estavam vivendo.

— Ah, minha nossa! – ele exclamou, enquanto corriam para debaixo de uma árvore rindo. A essa altura, ambos estavam ensopados da cabeça aos pés.

— Oh meu deus, meu livro. – Sakura lamentou ter perdido um de seus livros durante a rápida corrida.

— Eu te empresto o meu. – ele tirou a jaqueta de couro colocando nos ombros da garota.  – Aqui, vai te aquecer.

Sakura sorriu levemente ruborizada, inclinou a cabeça e olhou para céu. A chuva havia diminuído restando apenas uma garoa fina, que caía sobre eles. O moreno ficou olhando as pequenas gotas caindo em seu rosto, quando ela notou que olhos ônix estavam nela, ela sorriu sem jeito.

Forever and Ever - ItaHinaSasu | DEGUSTAÇÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora