Forever and Ever - ItaHinaSasu | DEGUSTAÇÃO

004; Para sempre e sempre

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Hinata acordou naquela manhã extremamente enjoada. Sua cabeça latejava tanto que era possível sentir tudo ao redor girar e sua boca estava mais seca que o próprio deserto de Suna. Ao abrir os olhos lentamente acabou gemendo de frustração, o pequeno feixe de luz que adentrava as cortinas timidamente fez com que seus olhos ardessem e o latejar em sua cabeça piorasse consideravelmente.

Encolheu-se ainda mais contra os lençóis quentinhos.

Aquela era a sua primeira ressaca – e desejava que fosse a última. Conforme ia despertando, fragmentos das coisas que havia feito durante a festa, a fez pensar que estava num pesadelo que soava muito com o clipe da Katy Perry.

Lembrou-se vagamente de dançar em cima de uma mesa e sensualizar, enquanto algum idiota jogava cerveja em sua direção. Todavia a parte mais perturbadora foram os beijos na festa de Gaara, o pior deles nem ao menos era o que havia compartilhado com aquele idiota ruivo, e sim o que ela tinha visto minutos antes; Sasuke beijando outra apaixonadamente, pra variar essa outra não era ela.

E quem havia salvo sua noite e principalmente de fazer uma besteira pior do que apenas beijos molhados com um desconhecido completo, havia sido Itachi – que até mesmo socou Gaara para lhe defender.

Era imaginação ou tudo estava ao contrário? O mundo tinha virado do avesso?

E tudo começou quando ela teve a infeliz ideia de socializar como uma adolescente comum. Ir a festas, desfilar com vestidos curtos e se maquiar – não eram coisas que imaginava fazer um dia. Depois dessa decisão estúpida, parecia que tinha caído na toca do coelho e despencou em um mundo completamente diferente do seu, porém, diferente de Alice, não havia nenhum país das maravilhas a sua espera.

— Então quando pretende levantar dessa cama, bela adormecida? – Kurenai abriu as cortinas sem um aviso prévio e Hinata se enfiou ainda mais nas cobertas.

— Que tal, nunca?

— Não pode ter sido tão ruim – a mais velha lhe olhava com uma curiosidade genuína.

— Ah, pode sim. – bufou. — E eu nunca mais volto para aquela escola. – choramingou.

— Hinata, para de drama! – Kurenai segurava o riso — E agora me conta como foi sua primeira festa.

— Horrível! Eu nunca deveria ter escutado você!

— Agora a culpa é minha? – riu baixinho incrédula. — Hina, mais dia ou menos dia, você teria que sair da sua caverna e conviver em sociedade. E é claro que um porre iria acontecer por conseqüência. – a Sarutobi suspirou. — Por falar em porre, quem te trouxe pra casa, foi o Sasuke?

— Não, o Sasuke estava muitíssimo ocupado beijando a irmã caçula da Konan…

— O quê? – Kurenai arregalou os olhos e se sentou desajeitadamente na ponta da cama — Irmã caçula da Konan?

— Sim, – a pequena Hyuuga revirou os olhos lembrando-se de Sakura. — Como se já não bastasse à versão vadia-mor, ainda temos a versão mirim metida a santinha, doce e delicada. E adivinhe só? Ele está apaixonado por ela.

— Sabe que ele vai quebrar a cara, mais cedo ou mais tarde...

— Sei, mas não vou ficar aqui até me tornar uma velha caquética, sentada na droga daquela árvore esperando pacientemente que um dia ele me note, após tudo dar errado na vida dele.

— É assim que se fala – Kurenai sorriu orgulhosa, lhe dando um tapinha no ombro. — Mas se não foi o Sasuke, então quem te trouxe?

— Itachi. Ele me tirou de lá, antes que eu cometesse uma idiotice.