ᴛʀᴇs

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Mais uma noite sem dormir quase nada, por causa dele. Fui uma estúpida por ter ido ao quarto dele perguntar-se se vai mesmo acabar com a Francisca.

- Afinal lá o Nóbrega mor não vai acabar com a namorada. Esta casa é tipo revista cor de rosa - gargalhou.
- Bom para ele, agora deixa-me dormir - peguei na almofada dela e cobri a minha cabeça.

Adormeci e só voltei a acordar quando a minha mãe me veio chamar para o almoço. Desci, almocei, ajudei a arrumar a loiça e depois subi até ao meu quarto onde me arranjei para ir ter com o meu pessoal.

- Então e aquele assunto já se resolveu? - perguntou a Carolina baixo para que só eu conseguisse ouvir, mas parece que a Francisca também ouviu.
- Que assunto? - perguntou curiosa. Olhei ligeiramente desesperada para a Carolina e ela safou-me.
- Ahm, um rapaz que se anda a atirar a ela, só isso.
- Ya, só isso - confirmo.
- Qual é o problema de ele se atirar a ti? - perguntou confusa, mas com um sorriso na cara.
- Tem namorada - diz rapidamente a Carolina sem me deixar dizer qualquer palavra.
- Que porco - abanou negativamente a cabeça em forma de desaprovação - quem é ele?
- You know, não o conheces - sorri fraco.
- Mas e então já o puseste no lugar dele? - perguntou a Carolina.
- Já - minto.

Estive a tarde toda a usufruir da companhia dos meus amigos. Mais tarde estava na hora do jantar e então tive de voltar para casa.
Cheguei a casa e estavam todos juntos na sala, uns a ajudar no jantar e outros a procastinar, apenas. Juntei-me ao grupo dos procastinadores no sofá.

- Então o que é que se vê aqui? - pergunto ao Nuno.
- La casa de papel - responde o Nóbrega mais velho.
- Okay... - respondo.
- Meninos venham jantar! - chamou a minha mãe.

O jantar até que foi animado, o Nuno preparou umas quantas piadas para mostrar durante o jantar, o que tornou tudo mais suportável.

Confesso que este ano as coisas estão muito mais fáceis, estamos a dar-nos todos melhor, tirando as cenas entre mim e o Nóbrega mor also known as Miguel.

Durante o jantar os adultos decidiram que iríamos ver um filme todos juntos, então enquanto arrumavam decidi ir tomar banho para depois ser só ir para a cama.

Quando cheguei à sala após o banho já todos os lugares estavam ocupados exceto um ao lado do Miguel. Ainda que tentei extorquir um lugar ao pé da Maya e do pai, mas ela não facilitou então tive mesmo de ir para a beira do Miguel.

- Trouxe o filme da primeira comunhão da Chloé, como já estava prometido à imenso tempo - disse a minha mãe tirando a caixa com o CD de trás das suas costas.
- Mãe, menos. Estamos aqui para ver um filme a sério, não um filme de comunhão que ninguém quer ver - digo aborrecida.
- Eu quero - sussurra o Miguel ao meu ouvido, sem que ninguém se apercebesse.

Acabaram todos por concordar que era giro ver o filme da minha comunhão, exceto eu. Lá tive de levar com o meu eu feio de 10 anos.

O filme era longo e acabaram por aos poucos todos se ir deitar menos eu, a Maya e o Nóbrega mor.

- Eu vou indo, vens? - perguntou a minha irmã algum tempo depois de só estarmos os três na sala.
- Não, eu vou ficar mais um bocado à ver isto - respondo.
- Depois faz pouco barulho - pede.
- Okay, vai lá.
- Estava a ver que ela nunca mais ia - diz desviando o meu cabelo que estava sobre o meu ombro.
- Pára - peço.
- Eu não consigo... - segura o meu rosto com a sua mão direita, ficando olhos nos olhos com ele.

Eu não posso fazer isto, mas algo em mim que me faz não o querer afastar.
Lentamente ele começou a aproximar-se de mim e eu quase sem perceber fui fazendo o mesmo, até que os nossos lábios se tocam formando um beijo lento, quase apaixonado. Até que tenho um clique e o afasto à força.

- Não, nós não podemos fazer isto - levanto-me e começo a andar de um lado para outro com as mãos na cabeça - ela não merece, ela não merece, Miguel!
- Eu sei que não, mas o que é que queres que faça? - perguntou levantando-se ao mesmo tempo.
- Não sei Miguel, não sei - saí a correr da sala e entrei no quarto à presa fazendo com que a minha irmã acordasse.
- Então porra! Pedi-te para não fazeres barulho!
- Desculpa - digo ofegante.
- O que é que se passa? - pergunta sentando-se na cama.
- Ouvi um barulho lá em baixo e fiquei com medo - minto.
- Tens a certeza?
- Sim, vá dorme - digo-lhe enquanto me dirijo para a cama.

Olá olá!

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Olá olá!

Foi este o terceiro capítulo da Flames! Espero imenso que tenham gostado!

Desejo-vos a todas uma feliz páscoa, e espero que esteja tudo bem com voçês! See you in the next chapter!

BRUNA

ғʟᴀᴍᴇs || ᴍɪɢᴜᴇʟ ɴᴏʙʀᴇɢᴀOnde histórias criam vida. Descubra agora