ɴᴏᴠᴇ

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Um novo dia surgia e cada vez mais raios de sol entravam pela janela do quarto do Miguel. Na última noite saí sorrateiramente do meu quarto para vir passar a noite com o Miguel. Cada minuto é importa quando se trata de passar mais tempo com o Miguel.
Enquanto olhava para a vista privilegiada do quarto do Miguel pensava em toda a minha vida, a universidade, o Miguel, as amizades que perdi em tão pouco tempo... Outra das coisas que invadia o meu pensamento nesse momento era o facto de já não aguentar esconder para as nossas famílias que gostamos um do outro. Seria tudo mais fácil se eles soubessem, não teríamos de fazer coisas à escondidas.

- Estás acordada? - sussurrou o Miguel, interrompendo os meus pensamentos.
- Sim - rodo todo o meu corpo em sua direção.
- Hoje tive o sonho mais realista da vida.
- Então? - perguntei curiosa com o tal sonho.
- Sonhei que tínhamos contado aos nossos pais que estamos juntos...
- Estava a pensar mesmo nisso ainda agora - interrompi-o - já não aguento mais ter de andar a esconder isto.

Descemos as escadas ainda de pijama e resolvemos ir preparar um pequeno almoço para todos para contar a toda a gente o que se andava a passar entre nós.
Preparamos tudo e sentamo-nos um ao lado do outro a conversar à espera que descessem todos.
Aos poucos foram chegando todos, íamos pedindo para que não começassem a comer antes de chegar toda a gente. A última pessoa a chegar foi a Maya. Demos autorização para que começassem a comer, olhamos um para o outro e o Miguel largou a bomba.

- Nós estamos juntos — disse sem rodeios.
- Esse nós inclui quem — perguntou o meu pai.
- Eu e o Miguel — respondi-lhe.

Pudemos ver as expressões espantadas dos nossos pais e irmãos, apenas as nossas mães continuavam plenas a tomar o seu pequeno almoço.

- Então e vcs não dizem nada? — perguntou o Miguel.
- Não — respondeu rapidamente a mãe do Miguel sem nunca deixar de prestar atenção à comida que estava em cima da mesa.
- Então e tu mãe? — perguntei.
- Filha, nós já sabíamos, vá sabíamos não, mas suspeitavamos. Nós somos mães e conhecemos muito bem os nossos filhos —Sorriram uma para a outra e deram um high five.

Naquele momento as expressões nossas expressões mudaram completamente ao ver a atitude das nossas mães, mas finalmente saíra o peso de cima dos meus ombros por estar a esconder isto de toda a gente, finalmente não tínhamos de esconder o que sentíamos um pelo outro.

- Nem acredito que já contamos às nossas famílias e que agora podemos estar aqui em casa tranquilos — desabafei enquanto ambos levantavamos a mesa do pequeno almoço.
- Mesmo, até parece mentira. Pensei que o teu pai se ia passar ou algo do género. Quando vi a expressão dele comecei a suar frio — gargalhou.
- Achas mesmo? O meu pai conhece-te desde pequeno e sabe que és um gajo às direitas.
- Pensando dessa maneira tens razão. Deve ter sido só o choque de não saber.
- Deve ter ficado contente de seres tu e não outro qualquer que ele não conhece. Acho que deve ter ficado tranquilo em relação a nós — disse.

Tenho andado seriamente a pensar sobre o assunto da universidade e eu e o Miguel e só me passa uma coisa pela cabeça. Pedir transferência para a universidade de Lisboa. Acho que é a única solução no que toca a nós, não me parece que esta relação que que ainda nem relação é possa sobreviver a uma distância gigante. Mas antes de decidir qualquer coisa quero falar com os meus pais para saber a opinião deles. Como tal, chamei os meus pais ao quarto.

- Bem, queridos pais. Como vocês sabem entrei na universidade e tal lá em França — comecei — e vocês sabem que entrar naquela universidade era o meu maior sonho — fiz uma pausa — mas com isto do Miguel e eu eu acho que quero ir estudar para Portugal. Eu sei que vocês devem pensar que é uma decisão que não foi pensada, mas realmente foi muito pensada, pesei todos os prós e contras e realmente parece-me que estudar em Portugal tem muitos prós, como é óbvio tem muitos contras, como por exemplo estar longe de vocês, mas por outro lado posso estudar aquilo que gosto e ser feliz ao lado de uma pessoa que eu realmente gosto e que se importa comigo.
- Já acabaste ou? — diz a minha mãe. Abanei afirmativamente e ela continuou — bem filha, desde o momento que eu e a mãe do Miguel começamos a desconfiar de vocês os dois eu comecei a interiorizar a ideia que tu poderias escolher estudar em Lisboa. Eu, apoio-te no que tu decidires. Eu quero é que sejas feliz — olhamos as duas para o meu pai à espera que este dissesse alguma coisa sobre a conversa que estávamos a ter, mas este permaneceu calado durante uns momentos.
- E se por acaso fosses estudar para Lisboa, ias morar onde? Residência universitária?
- Com o Miguel, i guess. Já moramos juntos aqui — respondi-lhe.
- Mas não moram sozinhos.
- Pai, já somos crescidos e sabemos o que fazemos.
- Olha Chloé, faz o que quiseres. Já és maior de idade, caso cometas algum erro espero que saibas que vais ter de arcar com as consequências das mesmas.
- Eu sei pai — respondi revirando os olhos.

Olá olá! Eu sei que já não postava um capítulo há muito muito tempo, mas como acho que disse no último andava com muita coisa para fazer da escola, finalmente acabou e agora posso escrever

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Olá olá!
Eu sei que já não postava um capítulo há muito muito tempo, mas como acho que disse no último andava com muita coisa para fazer da escola, finalmente acabou e agora posso escrever.
Espero que tenham gostado do capítulo, já estava um bocado "destreinada" de escrever, porque realmente já não escrevia há muito tempo.
Digam-me nos comentários ou via dm a vossa opinião sobre este capítulo, porque é muito importante para mim saber a vossa opinião sobre cada capítulo que posto. Estou também completamente aberta para receber críticas que sejam construtivas para a minha escrita, para que os capítulos tenham a qualidade que desejam!
Stay safe!

BRUNA

ғʟᴀᴍᴇs || ᴍɪɢᴜᴇʟ ɴᴏʙʀᴇɢᴀOnde histórias criam vida. Descubra agora