Capítulo 8

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Vitória

- Eu já disse Júlia, não aconteceu nada.

- Não aconteceu porque eu cheguei, mas se eu demorasse mais meio minuto tinha acontecido.

- Júlia, chega! Não aconteceu e nem ia acontecer nada!- falei me levantando e tirando a saída de praia em que estava vestida- Agora vamos parar com essa discussão besta que não vai levar a gente a lugar nenhum.

- Tudo bem Vitória, mas eu te conheço e sei muito bem o que esta passando pela sua cabeça, não se deixe levar por qualquer babaquisse que ele te fale, porque ele só vai querer se aproveitar de você e nada mais, não se esqueça que ele é um bandido que tirou a gente do orfanato pra vim trabalhar pra ele, vendendo drogas- diz vindo até mim e passando a mão pelo meu cabelo- ele não presta Vi e como sua melhor amiga eu não quero que você se magoe.

- Você está certa!- falo olhando em seus olhos- obrigada- dou um abraço apertado nela.

- Agora vamos aproveitar essa piscina! - ela diz e eu gargalho.

Maia

Que ódio!

Se Júlia não tivesse chegado pelo menos um beijo teria conseguido.

Subo para o meu quarto e me deito na cama, fico olhando para o teto e pensando no que eu iria fazer para melhorar meu plano contra Gael, fico com fome e desço para a cozinha, pego alguns salgadinhos que tinha no armário e vou para o meu escritório.

E minha tarde foi assim, comendo besteiras e tentando esquematizar uma boa vingança, porém, não conseguindo.

Nenhuma das idéias que eu tinha eram realmente boas o suficiente para o fazer sentir pelo menos metade do ódio que eu senti dele quando meu estabelecimento foi destruido.

Resumindo, uma tarde nada produtiva.

Vitória

A tarde minha e de Júlia não poderia ter sido melhor.

Nadamos muito, nos divertimos, conversamos bastante sobre como nossas vidas deram uma grande reviravolta, comemos demais e pegamos uma marquinha.

Ficamos cansadas e resolvemos ir tomar um banho, arrumamos tudo que tinhamos bagunçado na área da piscina e subimos, indo cada uma para seu respectivo quarto.

Entrei no mesmo e fui direito ao banheiro e fiquei um bom tempo relaxando debaixo do chuveiro, tempo demais até!

Assim que sai do banho, me enrolei na toalha e vesti um conjuntinho básico, penteei meu cabelo e fui até o quarto da Júlia, bato na porta e ninguém abre.

- Júlia abre aqui, sou eu.

Ninguém respondeu, estranhei e abri a porta. Ela estava deitada na cama apenas de roupão e dormindo. Ignoro. Apenas saio do quarto fechando a porta e desço, mas estranho ao ver o Fernando e o Maia conversando com uma mulher.

Ela era morena de estatura mediana e vestia uma roupa social preta com salto também preto. Eles se viram e me olham.

- Vem aqui- Maia me chama.

A ÓrfãOnde histórias criam vida. Descubra agora