Vitória
- Eu já disse Júlia, não aconteceu nada.
- Não aconteceu porque eu cheguei, mas se eu demorasse mais meio minuto tinha acontecido.
- Júlia, chega! Não aconteceu e nem ia acontecer nada!- falei me levantando e tirando a saída de praia em que estava vestida- Agora vamos parar com essa discussão besta que não vai levar a gente a lugar nenhum.
- Tudo bem Vitória, mas eu te conheço e sei muito bem o que esta passando pela sua cabeça, não se deixe levar por qualquer babaquisse que ele te fale, porque ele só vai querer se aproveitar de você e nada mais, não se esqueça que ele é um bandido que tirou a gente do orfanato pra vim trabalhar pra ele, vendendo drogas- diz vindo até mim e passando a mão pelo meu cabelo- ele não presta Vi e como sua melhor amiga eu não quero que você se magoe.
- Você está certa!- falo olhando em seus olhos- obrigada- dou um abraço apertado nela.
- Agora vamos aproveitar essa piscina! - ela diz e eu gargalho.
Maia
Que ódio!
Se Júlia não tivesse chegado pelo menos um beijo teria conseguido.
Subo para o meu quarto e me deito na cama, fico olhando para o teto e pensando no que eu iria fazer para melhorar meu plano contra Gael, fico com fome e desço para a cozinha, pego alguns salgadinhos que tinha no armário e vou para o meu escritório.
E minha tarde foi assim, comendo besteiras e tentando esquematizar uma boa vingança, porém, não conseguindo.
Nenhuma das idéias que eu tinha eram realmente boas o suficiente para o fazer sentir pelo menos metade do ódio que eu senti dele quando meu estabelecimento foi destruido.
Resumindo, uma tarde nada produtiva.
Vitória
A tarde minha e de Júlia não poderia ter sido melhor.
Nadamos muito, nos divertimos, conversamos bastante sobre como nossas vidas deram uma grande reviravolta, comemos demais e pegamos uma marquinha.
Ficamos cansadas e resolvemos ir tomar um banho, arrumamos tudo que tinhamos bagunçado na área da piscina e subimos, indo cada uma para seu respectivo quarto.
Entrei no mesmo e fui direito ao banheiro e fiquei um bom tempo relaxando debaixo do chuveiro, tempo demais até!
Assim que sai do banho, me enrolei na toalha e vesti um conjuntinho básico, penteei meu cabelo e fui até o quarto da Júlia, bato na porta e ninguém abre.
- Júlia abre aqui, sou eu.
Ninguém respondeu, estranhei e abri a porta. Ela estava deitada na cama apenas de roupão e dormindo. Ignoro. Apenas saio do quarto fechando a porta e desço, mas estranho ao ver o Fernando e o Maia conversando com uma mulher.
Ela era morena de estatura mediana e vestia uma roupa social preta com salto também preto. Eles se viram e me olham.
- Vem aqui- Maia me chama.
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A Órfã
Fanfiction"Vitória, seus pais morreram em um incêndio na favela onde moravam e desde então mora no Orfanato Estrela sendo a mais velha de lá, sempre sonhou em ser adotada mas quando aconteceu foi totalmente o contrário do que ela imaginava. Não tinha um pai o...