Maia
O diretor chamou duas garotas, uma morena e uma loira, a loirinha era até bonitinha mas não tinha comparações com a Morena, ela era magra com cabelo comprido e um corpo bem definido, é gata.
- Prazer, eu sou o Fernando mais pode me chamar de Nando esse é o meu afilhado Pedro- disse olhando para as meninas- e vocês?
- Meu nome é Vitória- disse a morena.
-E o meu é Júlia- falou a loira.
- Qual a idade de vocês?- perguntou o Nando.
- Eu tenho 16 e ela 15.
- Legal, fala um pouco mais de vocês.
- Eu sofri um acidente de carro com os meus pais quando eu tinha 4 anos eles morreram e eu fui a única que me salvei, depois eu fui deixada na ala infantil de um hospital por 3 meses até uma enfermeira me adotar, só que quando eu tinha 7 anos ela morreu e eu vim pra cá- a Júlia falou olhando para mim.
- Que pena, mas e você?- essa foi minha vez de perguntar.
- Meus pais morreram em um incêndio que teve na favela que nós morávamos, quando eu tinha 2 anos, fui salva pelos bombeiros e me deixaram aqui.
- E nunca foi adotada desde que aconteceu isso?
- Não- ela disse indiferente.
- Muito triste, bom nós temos que ir embora estou atrasado para uma reunião, esperamos vocês amanhã às 10h, ok?- disse o Nando todo educado.
- Ok- se despediram e saíram da sala.
Vitória
Estranho isso de quererem adotar nós duas, somos as mais velhas daqui, ninguém nunca se interessa pela gente e o que mais me deixou assustada é que foi muito rápido.
Normalmente quando alguém vai ser adotado, o processo demora meses e eles conseguiram de uma hora para outra.
- Júlia, você não achou esquisito eles querer adotar logo a gente?- pergunto enquanto andamos até o jardim.
- Não amiga, eu achei incrível, porque?
- É que desde que eu estou aqui ninguém nunca se interessou por mim e do nada vem eles, dois homens pra querer adotar nós duas, juntas.
- Vitória, pensa pelo lado bom, pelo menos agora nós vamos ter uma família de verdade, o Nando parece ser uma ótima pessoa, e o Pedro é lindo.
- Nem começa, porque se eles adotarem a gente ele vai ser tipo nosso irmão, e não é certo se apaixonar por irmão.
- Claro que não, ele só olhou pra você.
- Fica quieta Júlia.
- É a verdade.
- Ta, mais agora nós temos que arrumar um jeito de contar pro Nícolas, sem que ele fique chateado.
- Amiga é só a gente chegar nele e falar, ele vai ficar triste assim como nós estamos de ter que deixar ele, mas ele vai entender e vai ficar feliz pela gente, ele melhor que ninguém sabe que esse sempre foi nosso maior sonho- Júlia disse me olhando.
Lá vamos nós, contar a bomba, ele é do tipo de pessoa que normalmente não gosta de demonstrar sentimentos, mas eu sei que ele vai ficar muito triste por ficar sozinho.
Maia
Saímos do Orfanato, e fomos andando até o carro.- Não venho amanhã buscar elas com você.
- Por que?- pergunta o Nando confuso.
- Dez da manhã eu tô dormindo, não vou acordar só pra vir buscar essas pirralhas.
- Mas bem que você gostou da pirralha morena né, o tempo todo ficou olhando pra ela.
- Ela é gostosa.
- Ela vai ser sua irmãzinha.
- Cala a boca- digo e ele ri.
Chegamos em casa, e eu já sou recebido com notícias ruins.
- Maia, o Gael invadiu.
- Ele o que?
- Pouco tempo depois que vocês saíram ele entrou com mais alguns carros e começou a atirar, e um tiro acertou a Pâmella, ela tá lá no quarto.
- Desgraçado.
Subi até o quarto e a Pâmella estava deitada desacordada enquanto o Dr. Carlos cuidava dela, ele é o nosso médico, sempre que acontece alguma coisa é ele que nós chamamos.
- Ela tá bem?
Ele apenas olhou para mim e disse que não.
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A Órfã
Fanfic"Vitória, seus pais morreram em um incêndio na favela onde moravam e desde então mora no Orfanato Estrela sendo a mais velha de lá, sempre sonhou em ser adotada mas quando aconteceu foi totalmente o contrário do que ela imaginava. Não tinha um pai o...