Capítulo 6

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Maia

Acordei às dez da manhã com o Victor me chamando.

- Que é porra? Pode nem dormir mais nessa casa!- me levanto estressado.

- Ué cara, tu marca a reunião e fica aí dormindo, acorda caralho- disse se sentando na minha cama.

- Vaza fora daqui, já eu desço- me levanto da cama indo para o banheiro.

- Já tá todo mundo lá no escritório te esperando- fala e sai.

Vou para o banheiro e tomo um banho relaxante, coloco minha cueca uma bermuda e pego uma blusa a jogando no ombro, desço indo direto para a cozinha e encontro a Rosa fazendo o almoço.

- Rosa, o que tem pro café da manhã?

- A essa hora.

- É claro, acabei de acordar, então é café da manhã.

- Bom, tem um bolo de chocolate na geladeira, pão dentro do armário e presunto, se quiser também posso fazer ovos mexidos.

- Aceito os ovos- falo e vou até a geladeira pegando o bolo.

Como tudo e vou para o escritório, quando entro estão todos me esperando.

- Finalmente a donzela acordou- disse o Hugo com ironia.

- Cala boca- me sento em minha cadeira- Fala Cauã, conseguiu?

- Não, foi mais difícil do que eu pensei, o sistema dele é altamente protegido por senhas e todos com criptografia aplicada, o máximo que eu consegui foi ter acesso as páginas dele que não haviam nenhuma informação importante a não ser carregamentos de armas de meses atrás.

- Droga... Ok, plano B!

- O que é o plano B?- pergunta me olhando.

- Ele usa o mesmo caminho de desvio que o nosso para passar com os caminhões dele, que é comandado pelo Russo, então você vai ter que hackear o e-mail que o Russo usa pra avisar quando os caminhões estão passando e por esse e-mail  mandar um aviso para o Gael que o carregamento teve problema no caminho e que o caminhão irá atrasar, assim quando o caminhão chegar o Gael não irá saber.

- Vou tentar, mas não prometo nada.

- Qual é Cauã tu pode prometer sim, você melhor que ninguém aqui sabe o quão o sistema de segurança do computador do Russo é velho, esse cara e burro e não liga pra nada, tu sabe que consegue.

Vitória

Acordo com a Júlia pulando em cima de mim.

- Que é Júlia, me deixa dormir!- falo me virando para o outro lado da cama.

- Não amiga, enquanto não temos nada pra fazer e aquele ogro não pega no nosso pé, podemos aproveitar.

- Aproveitar o que? Olha onde a gente tá, fomos adotadas para sermos usadas com serviços sujos. E você ainda quer aproveitar?

- É claro amiga, eu sei muito bem de tudo que temos passado, mal chegamos aqui e fomos parar no meio de um tiroteio, mas não se esqueça que estamos passando por isso juntas.

- Tá bem, lindo descurso mas agora quero dormir!- falo colocando o travesseiro em meu rosto.

- Não! Temos que aproveitar sim! Já viu o tamanho da piscina que tem nos fundos desta casa? É enorme, temos que ir lá.

- A piscina nem é nossa, e aquele Maia é um chato, aposto que ele não vai deixar.

- Eles nos adotaram e agora moramos aqui, então essa piscina também é nossa, agora levanta e vai colocar um biquíni.

Me levanto a força com a Júlia me puxando, vou até o banheiro e faço minhas higienes, ainda não me convenci de que o Maia vai deixar nós nadarmos, mas a Júlia disse que vai conversar com ele. Saio do banho enrolada na toalha coloco um biquíni azul que comprei ontem, um shorts jeans básico e uma blusinha por cima, faço um coque no cabelo e coloco uma rasteirinha, desço e vou direto para a cozinha. Quando chego me deparo com o Maia sentado no balcão da cozinha conversando com a Rosa e a Júlia do outro lado da bancada.

- Já falou com ele?- digo sussurrando em seu ouvido.

- Ainda estou tomando coragem- ela diz me olhando.

- Caralho Júlia, eu achei que já tinha falado com ele, porque eu não...- sou interrompida pelo Maia que esbravejou irritado.

- Porra, o que vocês tanto cochicham?

- A Vitória quer te perguntar uma coisa- ela diz rápido jogando a responsabilidade para mim.

- O que? Júlia você que deu a idéia, nem vem!

- Fala logo- disse o Maia.

- A gente pode ir na piscina?

- Todo esse nervosismo pra isso? Pode.

- Aaaaa obrigada-  Júlia diz dando pulinhos, indo correndo em direção a escada.

- Louca!

- Obrigada!- o agradeço enquanto pego um pão para comer.

- Vocês moram aqui também, não precisa agradecer- diz dando de ombros- mas não se esqueça que hoje uma mulher vai vir ver como vocês estão, então cuidado.

- Ok.

Me viro saindo dali e indo até o quarto da Júlia e encontro a mesma com um biquíni rosa neon e uma saída de praia branca.

- Vamos aproveitar aquela piscina!- diz me puxando para a escada.

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A ÓrfãOnde histórias criam vida. Descubra agora