Ninguém tem o conceito de desejo intoleravelmente formado dentro da própria cabeça. Algo indecifrável, tenebroso e patético assola em nossas mentes como a desse homem, que cansado, gelado e fervoroso, paira desacordado sob um colchão morno, sujo do próprio esperma, após experimentar uma noite tocando o próprio corpo. Um cheiro desconhecido para todos, e forte para o próprio hospedeiro.
César, é complacente, jovem e indelicado. Na testa, três pingos de suor, narrando assim sua inquietude dentro do seu aconchego; o quarto.Cézar odeia rótulos, detesta satisfações e não consegue se colocar no lugar de ninguém, apenas se vê como um bom cidadão e mortal. Na noite passada nem se alimentou direito, perdeu tempo em frente a um computador de software avançado, se você for olhar na barra de pesquisa, irá encontrar uma enorme lista de sites ligados ao consumo erótico que nosso subconsciente nos empurra goela abaixo, entre estas;
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Entretanto, isso só lhe acarreta um alívio no primeiro momento, tal qual, escondendo sua verdadeira face de solidão e rancor. Até então, sem explicação justa.
Um bipe, já conhecido alerta-o de que alguma atividade importante do seu dia-a-dia espera-o. Aluno de publicidade, ele vaga pela casa todas as noites tentando estudar ou tentar enfiar algum assunto em sua cabeça. Por ora, um copo recheado com alguma bebida quente, esfria, enquanto ele beberica e desvia a atenção de seu caderno completamente intocado. Mas, como ele conseguira passar por quase 4 semestres sem ao menos mover uma palha para conseguir boas médias? Tem ênfase?
Então, isto só é explicado nas próximas prévias. Neste caso, vamos retornar quatro anos atrás. Quando um personagem importante entra aqui e modifica tudo ao redor dele.Agosto - 2015
Ao passar pela frente do escritório da mãe, César evita ao máximo evitar contato visual. Um gesto mínimo, e ela berra para desejá-lo algo, ou, indagar oque houve na noite interior. Mas, desta vez alguém estava conversando, uma voz diferente, e de fato, o assunto parecia importante. A porta entreaberta facilitava tudo, já que ele tinha uma ótima visão da cena.
- Venha, nosso amigo aguarda-o.
César se vira para trás, e tenta encontrar alguém do qual sua mãe esteja tentando se comunicar. Ao perceber de que ninguém além dele está no local, ele diz:
- Perdão?
Silêncio e rostos caricatos.
- Alguém além de você filho?
César enruga a testa e entra cautelosamente no ambiente. Agora, climatizado e tocando uma linda versão de uma canção romanticamente dramatizada. "Uno - Roberto Goineche".
Sim, apaixonada por tango e drama romantizado.- Creio que nos próximos dias, nossa casa tenha um novo rosto perambulando por aí.
- Quem é o...
- Um garoto muito promissor, que me indicou uma agência.Interrompe a mulher, apanhando o controle e diminuindo três degraus de volume.
- Ah, então é funcionário.
- Talles Martins, sou de Curitiba.O rapaz a esse ponto se levanta e faz um gesto solidário ao rapaz meio confuso.
- Espero que consiga suportar minha mãe sem surtar.
A música para. A mulher sorri levemente.
- Isso é apenas formalidade. Não a nenhuma dificuldade em cuidar de minha agenda.
- Um homem? Que decisão contemporânea Ângela.
- Conhece a sua mãe, sou uma mulher de roteiro livre.
- Espero não atrapalha-los.Diz o rapaz, mudando de posição no escritório.
- De forma alguma, tenho certeza de que serão grandes amigos.
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Á ordem da Burguesia
RomanceLigações imorais são inevitáveis. Qual o preço a ser pago numa batalha de egos e desejos ardentes? Lutas internas e dúvidas sexuais num mundo incompreendido. Cézar, Tales ou Vicente?