XX. Twenty

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Sinto quando sou colocada na banheira

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Sinto quando sou colocada na banheira. Abro os olhos lentamente e franzo o cenho.

- Dandara? - sussurro e ela sorri.

- Vou te dar um banho e colocar roupas quentes, Margareth está ajudando, pedi para ela fazer algo para que você possa comer. - ela diz.

- Mas você não é apaixona... - ela ri.

- Sou sua amiga Emília... Pode não lembrar de mim, mas sou sua amiga. - ela diz e assinto.

- Você e os outros também sugarão minha energia? - ela nega e esfrega meus braços.

- Não... Christopher apenas consegue fazer isso e invejo ele, ele consegue tomar tudo de você. Cada pedaço, real ou imaginário. - ela diz e me olha com pesar. - E é por isso que dói tanto nele saber que você fica tão fraca. Porque ele não sabe parar quando começa. - ela diz e ri. - Quando conheci você, eu era humana, odiava ele, mas você amava ele incondicionalmente, eu sabia que não tinha chances, mas mesmo assim me contentava de estar perto, então eu tive Tuberculose, ia morrer, e ele me ofereceu duas alternativas, viver para sempre ou morrer, me disse as consequências e eu só pensei uma coisa, vou cuidar da Laura... - ela sorri e passa a esponja ao redor dos meus seios. - Você se chamava Laura na época, digamos que agora eu sei que seu primeiro nome foi Emily... - seus olhos marejam. - Ele disse que o inferno dele é em terra e só pode conhecer um pedacinho do céu quando você está viva. - ela suspira. - Céus! Todos nós... Infelizmente, de alguma forma louca, você faz o que restou de nossas almas ter descanso. - ela diz. - Ele é uma pessoa tão incrível quando você está viva, mas se torna amargo e solitário a cada vez que você morre, acabamos ficando sem ver ele por anos quando isso acontece, ele começa a rodar o mundo, viagens em cada cidade buscando seu cheiro até encontrar. - ela diz e sorri. - Algumas vezes ele encontra sabendo que tem poucos meses ao seu lado, as vezes encontra você pequenininha e sabe que vai ter alguns anos... - ela solta a esponja. - Pronto. - ela diz e me tira da banheira. Sou levanta para a cama, onde tem toalhas estendidas e ela me seca cuidadosamente. Margareth entra no quarto e ajuda Dandara a me vestir. Sou colocada sentada e me sinto exausta e dolorida. Meu corpo inteiro parece ter sido espancado. Margareth desce e retorna com sopa quente, ela deixa a sopa e sai do quarto.

- Contaram a ela? - Dandara nega.

- Dissemos que foi um surto. - assinto e olho para a porta fechada sentindo meu coração apertado.

- Melhor assim. - digo. A porta se abre e Christopher me olha com indiferença.

- Você está bem? - sorrio e a máscara de indiferença é substituída por traços de preocupação.

- Parece que tive sexo selvagem por horas e você nem me tocou. - ele abaixa a cabeça segurando o riso e Dandara revira os olhos.

- Não comecem. Lembrem-se que você está toda inútil em cima de uma cama. - olho para Dandara.

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