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Ao fim da festa do Dia das Bruxas, no que deveria ser uma volta tranquila e sonolenta para nossos respectivos dormitórios o pior aconteceu

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Ao fim da festa do Dia das Bruxas, no que deveria ser uma volta tranquila e sonolenta para nossos respectivos dormitórios o pior aconteceu. Sirius Black havia invadido Hogwarts e rasgado o retrato da Mulher Gorda, que o havia impedido de entrar no dormitório da Grifinória. Dumbledore reuniu todos os alunos do castelo no Salão Principal, mudou as mesas para fofos sacos de dormir da cor roxa. Havia designado, também, os monitores para fazerem rondas e vigias nas entradas que davam para o saguão. Contudo, eu sabia que não era só Black lá fora e este era a minha preocupação. Algum professor, além de Remus e Alvo, encontrar Sirius ou Mareena. 

Por esse motivo eu me esgueirei entre os alunos que transformavam o rasgo do quadro em "quebra de armaduras", "explosão de banheiros" e "assassinato de fantasmas". Fui até as costas da mesa dos professores, onde uma porta dava acesso a passagens secretas e atalhos. Sussurrei "alohomora" contra a fechadura e me espremi na pequena fresta para que ninguém notasse minha fuga. Para impedir que qualquer um que tivesse me visto me seguisse, voltei a trancar a porta com uma série de feitiços.

Como eu não tinha muito tempo eu desatei a correr pelas passagens secretas, saindo atrás do quadro da Dama de Quimboa e pegando o atalho mais rápido para a Torre de Astronomia. Torcia para eles estarem vigiando as salas de aula e banheiros, já que os dormitórios eram protegidos por senhas e enigmas. Estava próxima a entrada do Salão Comunal da Corvinal quando ouvi passos. Não eram humanos, todavia poderia ser a Madame Nor-r-ra - A gata do Filch. Ou até mesmo Sirius. E acredito que essas duas opções não seriam nem um pouco favoráveis.

Ergui a varinha na altura do meu peito, escondida na sombra do corredor e esperei a criatura se aproximar. Meu coração estava a mil e minhas mãos suavam. Contei até três e antes de pular procurei a sombra do animal. Para minha sorte o felino tinha uma calda maior e o focinho mais cumprido do que a de um gato. Saltei para fora das sombras dando de cara com uma bela raposa branca, que eu agora notava ter alguns pelos dourados por seu corpo pequeno e sujo de poeira. Abaixei a minha varinha conforme a raposa se transformava na bruxa loira que conhecia.

— Adriana! — A voz fraca de Mareena Watson ecoou como o canto de um fantasma, seu rosto sujo e magro se esticou em um sorriso de dentes amarelados. E para a minha surpresa, segundos depois os braços finos me envolviam em um abraço apertado. 

Deixei toda a saudade e minha alegria transbordarem, enquanto eu retribuía com delicadeza aquele gesto afetuoso. Ainda bem que eu a tinha encontrado antes deles! Foi então que lembrei o por quê de ter ido até ali. Segurei os ombros de Mary, infelizmente quebrando nosso abraço e pondo-a cara a cara comigo. Eu caçava respostas em seus olhos aguados. 

— O que vocês pensam estar fazendo?! — A repreendi mantendo minha voz baixa mas não menos preocupada. — Não sabem o quanto estão sendo imprudentes! Sirius rasgou um quadro! Pirraça contou a todos e agora estão procurando ele! Se os acharem vão direto para Azkaban, não, pior! Serão sentenciado a morte com o beijo de um Dementador! Vocês não podem!

The Half Breed - HPOnde histórias criam vida. Descubra agora