|| Karina Briarcliff desejava ser uma bruxa comum.
Frequentar a escola, passar nos exames e conseguir um emprego na comunidade bruxa. Mas jamais conseguiu.
Depois da infância, da liberdade, dos sonhos e das esperanças roubadas; encontrar o amor pare...
O capítulo de hoje terá fortes emoções, tragam os seus lenços.
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As semanas seguintes foram categoricamente monótonas, a mesma imensidão cinza sobre as nossas cabeças uma manhã após a outra. A tensão que crescia por debaixo da minha pele brincava com o meu fluxo sanguíneo. Meu nível de estresse era alto, ainda mais com as provas finais do sexto ano. E ao caminhar para as arquibancadas da última prova do Torneio Tribruxo, eu tinha certeza de que poderia ter uma síncope a qualquer momento.
Perdi horas do meu sono graças a minha mente agitada. Era como se um livro em branco estivesse ali, à minha frente, esperando pelas teorias mais ardilosas que eu conseguisse matutar com todas as informações que eu detinha. Ainda havia Sirius, as meninas lentamente me tratando como antes, Potter me encarando o tempo todo e a maldita ideia de por os explosivins na última tarefa.
Me amaldiçoei por não ter implorado para que Hagrid se livrasse deles antes da visita do Ministro.
— Ponha um sorriso no seu rosto, K. Não estamos caminhando para um funeral! — Louise Portwell advertiu, recebendo um "ainda" de Selly ao fim da fila.
— Você está péssima, Karina. — Pasquall comentou as minhas costas, mão finas tentando relaxar a tensão dos meus ombros.
Desabei em meu assento de madeira antes de suspirar e responde-las propriamente.
— Bem notado meninas, eu estou de péssimo humor também. — uma dor crescia em minhas têmporas e me impedia de filtrar a minha grosseria. Apertei meus olhos, tentando me sentar confortavelmente naquele lugar. — Eu só quero que esse maldito torneio acabe. Estou cansada de ter mini infartos toda vez que os vejo a caminho de um confronto com uma criatura mágica.
— Não seja por isso. — Ignis Selly comentou sentada à esquerda de Pasquall. — É a última prova, um labirinto cheio de armadilhas e o pior que eles podem enfrentar além dos explosivins, são eles mesmos. Ah, isso se Moody não sugeriu os Dementadores.
Lentamente, três rostos desgostosos tornaram em sua direção.
— Ignis, você tem a sensibilidade de um rocha. — eu rebati ao mesmo tempo que Louise lhe ameaçava.
— Não me faça arremessá-la daqui na desculpa de saciar a minha curiosidade sobre o feitiço gravitacional que eles, teoricamente, teriam usado nessa prova.
A bruxa não se intimidou. Ajeitou os óculos retangulares e depositou seus olhos no labirinto.
Cruzei meus braços sobre o estômago. A tinta amarela e preta na metade direita do meu rosto pinicava, havia travado uma disputa com o meu cachecol antes de sairmos do castelo - ou ele ficava muito frouxo e o ar frio me arrepiava, ou ele ficava apertado e se tornava difícil de respirar. Era uma noite fria, mas já havia cogitado jogar aquela peça do outro lado do campo. Estresse, é apenas o estresse - eu tentava me reconfortar.
