Alma ébria

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É poético quando os longos cabelos
Se desfazem em negro
Sobre seus magros ombros
E continuam a derreter-se
Até suas frias costas.

Depois da morte
Criaremos um outro fim
E assim nossas risadas
Estarão ecoando no universo
Como espiritos rotos
Que navegam em águas calmas.

Azul e amarelo, roxo.

Para alguém
que não morreu ainda

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