A hora da mudança na vida de Lídia esta prestes a chegar.
Ela que saiu do interior de Minas para ir fazer faculdade em São Paulo, vai ter que lidar com muitas provocações, tanto dos colegas de classe, quanto do seu primo.
- Vou ficar bem mãe, fique tranquila - digo para ela enquanto dirijo.
- Mas você ja ligou pra ele?
- Falei com ele ansdionte, e ele falou que estava tudo pronto.
- Mas cê sabe cumê que seu tio é esquecido - meu pai diz entrando na frente do telefone.
- Vai ficar tudo bem, ja tô quase chegando, sei que cês tão arroiado de coisa da colheita pra olha, assim que eu chegar lá eu aviso o cês.
- tudo be então, Deus te acompanhe - minha mãe diz e desliga.
Vim da fazenda, em Cataguases MG ate Ibirapuera em São Paulo dirigido, ja esta quase anoitecendo e não vou demorar a chegar na casa de titio.
Dirijo por mais cerca de quarenta minutos e o GPS me avisa que meu destino esta a direita, estaciono o carro em frente a casa mais linda que ja vi.
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Desço do carro, fico e pé escorada na porta aberta e pego meu telefone.
- Alô? - ele me pergunta do outro lado da linha.
- Ei tio, cheguei.
- Lídia, ja tá aqui? Nô, to descendo.
Fecho a porta e vou pegar algumas de minhas malas na parte de trás da caminhonete, quando escuto a porta abri e voz de criança.
- Lidi, Lidi - Pedro diz enquanto corre em direção à mim.
- Rapinha do tacho, que saudade - o abraço apertado.
- Lídia, princesinha do tio, quanto tempo - ele me abraca assim que solto Pedro no chão.
- É o limão que não ta deixando o senhor voltar né? - sussurro em seu ouvido.
- Que limão?
- O capeta, aquele que cê chama de esposa.
Ele solta uma gargalhada com minha fala.
- ela é uma boa mulher, vem ou te apresentar meus outros filhos - ele diz me ajudando com as malas.
Entramos na casa e me deparo com uma sala maravilhosa em tons de preto, cobre e vermelho, o capeta, quero dizer Titia Rosalinda esta em uma poltrona de uma lado, e do outro um menino e uma menina de idade não muito diferente da minha dividem o sofá.
- Meninos, essa é a Lidia - Tio Arthur diz.
O menino sequer se mexe, mas a menina se levantar pra me comprimentar.
- Oi, eu sou a Miranda, meu pai fala muito de você.
Ela é bonita, tem um corpão e é bem estilosa.
- Ei Titia, cumê que cê tá? - digo com bastante deboche, coisa que aprendi com mamãe e levo pra vida.
- Estou ótima querida, e você? - ela diz se fingindo de santa.
- Cumprimenta sua prima Alex - Tio Arthur diz.
- To fugindo de caipira pai.
Ele se levantando e pegando o capacete que nem tinha notado na mesa de centro e sai potra a fora.
- Preocupa não, ele é assim mesmo, vem, vou te mostrar seu quarto - Miranda me puxa pelas escadas.
