Com O Passar Do Tempo

Como o Conheci

São Paulo - SP/20 de Janeiro de 2017

Oi, bom dia, dia, só que não. O que falar sobre o primeiro dia de aula? Hum, esse sentimento pode ser horrível sabemos, bom, se você tem muitos amigos nem tanto assim, mas se você é tímido ou receoso em chegar em alguém pode ser tenebroso. O meu caso não é nenhum e nem outro, mas mesmo assim, sinto um frio na barriga enorme, um ansiedade para ver o pessoal que cairá na minha sala, rever os antigos amigos, colocar o papo em dia, conhecer os professores, quem não se sente dessa forma no ensino médio no primeiro dia de aula?.

Tenho 17 anos, e atualmente estou no 2° Ano do Ensino Médio, minha escola é pública e bom, sabemos sobre o ensino em uma instituição desse tipo, porém minha escola é conhecida por ser a mais rígida da minha região, mas não é um rígida tipo ao extremo, mas é rígida, daquelas que se você não levar a Carteirinha eles ligam para a sua mãe, não ir devidamente com blusa branca (digamos que é o nosso uniforme), mexer no celular durante a aula, ficar papeando e não entregar os deveres nos devidos dias, bom você se fera, para não falar outra palavra. Se eu gosto? Bom eu não sou uma nerdzona mas eu amo a escola ser desse jeito, me sinto importante, e sento que se importam com o que faço --- como apresentar um trabalho que você acha que nunca necessitará daquilo na sua vida --- parece que o que você está fazendo não está sendo em vão. Enfim, tenho um namorado ele se chama Robson é um ano mais novo que eu, não me importo com isso porém adoro jogar na cara dele que sou mais velha.

5:55m - Despertador toca.

Bom vamos então para o primeiro dia de aula.
Levanto da cama bem grogue levo em torno de um minuto para saber onde estou, assim que a lembrança me vem a cabeça, percebo que é meu primeiro dia de aula fico meio ansiosa e sinto meu corpo ficar levemente cheio de ansiedade, veria meus amigos depois de muito tempo, eu não os vi durante o natal e nem ano novo, na verdade não temos essa costume de ver um ao outro a não ser na escola, mora em uma Avenida e sou conhecida por " sua casa é muito longe da nossa, fica na parte nobre" o que eles querem dizer é que, moro longe realmente, mas minha casa está localizada longe das favelas, como é na Avenida, fica na parte mais movimentada do nosso município e com comércios melhores etc.

Levanto - me, e vejo minha mãe vindo do corredor para ir a cozinha:

- Bom dia!
- Oi, bom dia! Acorda seu irmão, se deixar ele fica na cama até faltar 20 minutos para o portão da escola abrir.
- ela fala aí passar por mim.

Após várias tentativas de acordar meu irmão, sendo elas falhas, desisto e vou fazer minha higiene, depois de alguns minutos sinto o cheiro do café vindo da cozinha, o que acaba me puxando para a cozinha, gosta de tomar café antes de me arrumar, chego na cozinha e avisto minha mãe.

- E aí menina Véia, vai querer pão torrado? - diz ela.
- Vou sim, obrigada, tentei acordar o Paulo, mas tô nem aí, ele não quis levantar. - Respondo feliz, pois sabia que ela soltaria um grito para ele, não se assuste com minha mãe me chamando de "veia", não, não é meu aniversário e não estou ficando mais velha, mas ela me chama assim as vezes, me chama de Amarela, véia, estranhona, são os apelidos carinhosos.

Sento a mesa para devorar meu café com pão na chapa, quando tomo um tremendo susto com minha mãe gritando para acordar meu irmão.

- ACORDA AGORA MENINO, VOCÊ VAI SE ATRASAR PARA A ESCOLA, SE NO PRIMEIRO DIA ESTÁ ASSIM IMAGINA DURANTE O ANO!! - Esperneia ela da cozinha, talvez até os vizinhos tivessem escutado já que estava de manhã e silêncioso ainda.

6:30m.

Quando já estava preparada para pegar minha mochila e ir para a escola, fui ao meu quarto pegar meu celular que estava carregando, não sou de ficar mexendo mas levo o comigo para se acontecer alguma coisa, e quem vejo na cama? Claro, Paulo ainda estava lá dormindo, ele tem 10 anos e está no 4° Ano, não estuda na mesma escola que eu, saio do quarto e me deparo com minha mãe.

- Que susto, tchau já estou indo - E dou um beijo em seu rosto, ela se despede e parte para cima do meu irmão, puxando ele da cama, gostaria de ficar e ver a cena mas poderia me atrasar, só o fato de saber que ele estava encrencado meus amigos, já estava bom. Cadê o pai dessa criança? Meu pai sai de madrugada para trabalhar se isso responde.

Depôs de uma caminhada de 15 minutos chego na escola e vejo meu namorado Robson.

- E aí Bia! - me cumprimenta com um Celinho suave.
- Oi Bom dia, tudo bem? - pergunto para puxar assunto.
- Tô bem sim, ontem a noite quando nos despedimos por Whats você nem visualizou meu coração que mandei por final! - me interrogou.
- Nós já aviamos dado Tchau, aí sai, não sabia que tinha mandado mais coisa. - falei plena, UEM não gosto dessas coisas, estava cansada, vai criar caso só porque não vizualizei? Conheço bem a peça que ele é, se eu deixar, ele vai fazer eu me senti mal, e se eu vizualiza se mandaria outro coração, o que faria ele mandar outro, eu mandaria outro (pois gostaria de ser a última), bom já Vio onde íamos chegar.

Ele não estudava na mesma sala que a minha, certo que ano passado estudou, lhe garanto que é uma péssima experiência, entramos na escola e fomos para as nossas salas, nós despedimos com um beijo e fui de encontro aos meus amigos que estavam ali perto. Karina, Marcelo, Lilian e Mael, conversamos por uns 5 minutos e fomos cada um para a sua sala, a única que estudaria comigo seria a Karina, então fomos para a nossa sala.

Quando você entra na sala no primeiro dia de aula o que você faz?
Eu fui logo pegando a melhor cadeira e uma mesa que não ficasse fazendo nheco nheco, aproveitamos que fomos as 3° a entrar na sala, peguei uma cadeira que estava a minha frente, branquinha e sem desenhos (não preciso comentar que tipo de desenho), e a mesa estava boa não precisei trocar. Nós sentamos e esperarmos o show de pessoas entrar, conhecia todo mundo, porém de vista, cada aluno que entrava na sala eu sabia quem era, mas só por ficar sabendo de histórias ou pelas fofocas que tive por aí, estudar na mesma escola durante 2 anos, você acaba se familiarizando com os rostos.

- Olha a professora entrou, ela é de Matemática, uhh, segundona, primeiro dia de aula e ..... Aula de matemática, poderia ser melhor? - questionou Karina. Conheço ela desde que tinha 10 anos, estudávamos na mesma escola, ela é Lokona, personalidade forte, fala o que vem na cabeça, digamos que ela é o contrário do sou, e isso nos tornou muito amigas.
- Conheço, o nome dela é Silmara, tive aula com ela ano passado também, affs, bora para mais um ano de loucura. - Assim que termino minha frase, uma pessoa entra na sala chamando minha atenção, até mais do que deveria, até porque as palavras que a Karina falava eu não escutei nenhuma, parece que o mundo ficou em silêncio, sabe quando o seu ouvido tampa? Essa foi a sensação, tudo estava em câmera lenta, a pessoa entrou, pediu licença e veio em minha direção, sentou - se na cadeira que estava vaga ao meu lado. Só poderia ser brincadeira, o destino estava de zombaçao com a minha cara. E com um ato repentino, eu disse:

- Oi!!......

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Espero que gostem, estou torcendo para isso. Comentem, isso me fará continuar kkkkk sabe como é né.

-B