• UM •

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Ufa

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Ufa... Uh!

Eu tinha esquecido como correr cansava. É uma bosta ser adulta num corpo de uma idosa, e não uma criança que corre quilômetros e nunca se cansa. Nem parece que tenho só vinte e sete anos e não oitenta.

Apesar de carregar o mundo nas costas.

Acabei de conseguir um emprego, o décimo segundo emprego da minha longa lista de trabalhos na vida. Como falei anteriormente, pela quantidade de carteiras de trabalho que possuo, pareço ter mais idade, só que não.

E é desse emprego que eu estava saindo, no momento em que me lembrei quando mamãe me mandou uma mensagem avisando para eu levar meu namorado ao restaurante pois eles reservaram uma mesa para comemorar seu aniversário de casamento.

Claro que eu NÃO TINHA UM NAMORADO.

Não que eu não fosse atraente ou qualquer coisa do tipo, só acho que não preciso de homens para, absolutamente, nada na minha vida. Sim, sou uma mulher autossuficiente.

A corrida se dava ao fato dela ter mandado um uber me buscar e eu estava um pouquinho atrasada.

Consegui entrar no elevador antes dele se fechar e, assim que parou no andar abaixo do meu, um homem entrou.

Ele usava uma camisa social simples, calça social combinando com seu look e sapatos de couro legítimos – eu entendia de couro.

Era a minha chance!

O homem devia ser empregado da empresa, obviamente, apesar de não estar com o crachá (já devia ter retirado). Respirei fundo contando até dez mentalmente, formulando a frase que eu deveria falar, só que seria ousada demais. O cara devia estar cansado e não ia topar uma loucura com uma desconhecida que começou a trabalhar naquela empresa hoje.

– Hã, com licença? – Me virei para o homem ao meu lado, que me encarou de cenho franzido.

Ele era jovem como eu, não devia ser muito mais velho.

– Toda. O que posso te ajudar?

– Desculpa a ousadia e a pergunta esquisita, mas você poderia ser meu namorado por algumas horas? Hoje. Daqui a pouco?

Ele se manteve inerte, me olhando com a boca aberta. Provavelmente não conseguia acreditar na proposta louca que eu havia feito.

– Como... O quê? Você sabe meu nome? Sabe quem eu sou?

Rolei os olhos. Homens se acham, não é?

– Um empregado qualquer, assim como eu? Eu não conheço ninguém e o térreo já vai chegar. Preciso de um namorado alugado pra agora. Eu juro que não é nada ilícito, só um jantar com meus pais e você está liberado.

Ele ia abrir a boca ao mesmo tempo em que balançava a cabeça em negação, mas eu o cortei.

– Eu pago! Posso pagar... – assim que eu receber meu primeiro salário. Completei em pensamento.

MEU CEO ALUGADOOnde histórias criam vida. Descubra agora