Parecia cena de filme.
Na verdade, todos os momentos com Angelina parecem.Desci do carro acompanhado de Angelina, a qual eu consegui convencer a dormir em minha casa com muito esforço.
Meu pai havia me deixado pegar seu carro para vir para o colégio. Ele parecia muito feliz pela manhã, na verdade, todos pareciam. Apenas eu e Angelina estávamos sem entender nada.
Tínhamos passado em sua casa antes para que ela fizesse oque precisava.
Assim que desceu, soltou as tranças que havia feito no cabelo e apenas jogou seu cabelo o deixando ondulado da forma que era naturalmente.
Normalmente a garota o alisava, oque me parecia ridículo vendo o quão bonito eram as ondas de seu cabelo. Como as ondas do mar.— Por que não tira esse moletom e coloca a jaqueta dos Quarterbacks? - A garota passou a minha frente colocando o capuz sobre minha cabeça.
Eu havia apenas jogado a jaqueta sobre as costas, não gostava muito dela. Para mim era mais algo como um posicionamento na pirâmide escolar do que uma informação.— Eu gosto mais do moletom. - Sorri pegando em sua mão e a puxando para dentro, logo em seguida, todos os olhares foram atraídos a nós dois.
Era tão difícil se acostumar com toda aquela atenção, eu ainda não sabia dizer se eram para mim ou apenas para Angelina. Ela parecia tão acostumada que prosseguia a fala sem se importar.Quando me dei conta, havíamos parado em seu armário. — Noen? - A garota focou seu olhar sobre mim.
— Desculpa. Só não estou.....bem. - Por um momento ela me observou em silêncio, mas logo sorriu e concordou levemente com a cabeça.Era difícil. Noen Eubanks sempre foi o garoto tímido que se escondia atrás de um enorme cavalete. Sempre sujo de tinta. E agora, Noen Eubanks é um dos melhores quarterbacks do time da escola, Noen Eubanks é popular. Noen Eubanks é visto.
— Ninguém mandou você ser tão bonito. - Ela voltou seu olhar para o armário rindo. Puxei o capuz ainda mais sobre minha cabeça um tanto envergonhado. Eu sabia que Angelina entendia tudo aquilo, as vezes ela até ficava irritada pelo fato das pessoas só comentarem sobre meus TouchDown's ao invés de elogiarem meus quadros expostos nas paredes da galeria de arte amadora do colégio. Na verdade, nem sabia se alguém cogitava sua existência.
Essa é a realidade. Dificilmente alguém vai te reconhecer por seus talentos, a pirâmide escolar é clara, e infelizmente ela não muda, ninguém nunca teve a coragem de tentar mudá-la, é a sua decisão ser reconhecido ou não. Sinceramente, eu preferia que não.Angelina olhou brevemente em meus olhos, analisou cada detalhe de meu rosto como se tentasse tirar dali algo bom em meio a todos aqueles pensamentos turbulentos. — Noen, eu te vejo. Eu te vejo. - Ela repetia calmamente. — Eu vejo o Noen que pertence a si, o qual pinta telas deslumbrantes, o qual tem um talento incrível e um coração fascinante. O garotos dos olhos azuis e rosto sujo de tinta pelo qual me apaixonei. Se não gosta de toda essa atenção, tudo bem. Acredite, ninguém além de um hipócrita gosta. - Ela pausou brevemente. — Mas não deixe isso confundir seus pensamentos. Você ainda é você e seu talento ainda está aí. Sabe, de um desconto a eles. São só adolescentes que gostam de assistir uma boa partida de futebol americano e ver alguns garotos suados é incrivelmente sensuais correndo de uniforme. - Precisei rir. — E sabe, com ou sem touch down, com ou sem tinta, você ainda é você. - E de repente tudo ficou mais leve, me fazendo relaxar. Angelina sorriu em resposta e logo olhou em volta fazendo uma careta nada discreta.
— Amanhã eu vou fazer menção de te vestir em um moletom com capuz enorme. Só assim para essas garotas pararem de te secar com o olhar. - A garota continuou, só que dessa vez sem nenhum tom de brincadeira. Angelina é uma garota cheia de fases, com certeza.
Quis dizê-la que também a amava tanto quanto ela havia me dito, mas estava ocupado demais prestando atenção em um sinal de ciúmes eminente.
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INSTAGRAM •Noen Eubanks•
FanfictionAngelina cresceu em meio ao mar. Vivendo em Malibu, na Califórnia, fora difícil não se envolver com tudo oque as famosas praia da cidade a ofereciam. Em seu último ano de Ensino Médio descobrira que a oficina de pintura poderia a auxiliar no futuro...