Thirty Three •Noen

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Mídia importantíssima.

O jogo estava mais difícil do que eu imaginava que estaria. Nosso primeiro jogo era com o time da escola vizinha, que por acaso era um dos melhores times do campeonato.

Já estávamos no segundo tempo e o placar marcava empate. Três á três. Um Field Goal de cada time.
O treinador Hayes gritava igual a um louco - Não que isso fosse novidade - mas ele parecia enlouquecido por uma jogada perfeita ou um Touchdown para poder se gabar aos seus velhos amigos em algum churrasco ou em uma confraternização.

Meus pais e minha irmã mais nova estavam sentados na arquibancada a leste, podia ver o quanto meu pai estava orgulhoso, oque me deixava muito feliz. Não era algo que acontecia tão facilmente.

Enquanto nos alongávamos antes do jogo começar, pude ver o pai de Angelina com uma pequena garotinha. Os três conversavam empolgados, porém, Angelina fazia menção a não olhar em nenhum milésimo de segundo na direção do campo. Agora ele parecia muito concentrado no jogo, já a garotinha prestava atenção em sua irmã que coordenada as Cheerleaders perfeitamente.

O jogo fluía sem nenhuma ameaça da parte de nenhum dos dois times. Castiel era realmente um jogador excelente, enquanto jogava gritava posições e indicava jogadas certas.

Minhas pernas já doíam e meu rosto pingava. O céu ameaçava a chover, porém, seria muito bom dar uma refrescada para variar, já que não ficávamos parados um segundo sequer.

Quando me dei conta, as Cheerleaders torciam em meu nome. Sorri um pouco pela atenção, eu nem estava com a posse da bola. Meu coração bateu mais forte pensando na possibilidade de Angelina estar controlando a torcida.
Olhei na direção das garotas. Vênus tomava partida, algumas garotas riam olhando para Angelina que subia as arquibancadas.

— Eubanks?! - Castiel me chamava. Levantei-me olhando para a garota que fugia novamente, mas dessa vez não era de mim. — Noen! Foco no jogo. Depois você fala com ela. - O garoto parecia desesperado para que eu prestasse atenção nele.

Era agora ou nunca. Os gritos do treinador ficavam cada vez mais altos.
Castiel se levantou também fazendo sinal para que eu voltasse de uma vez.
O jogo parou, os jogadores do outro time pararam para olhar, assim como toda a plateia e as Cheerleaders ficaram em silêncio. Não era todo dia que um jogador abandonava o campo no meio do jogo.

EUBANKS! Campo agora! - O treinador vinha em minha direção. Tirei o capacete e o joguei na grama pulando a grade de proteção e subindo as arquibancadas atrás da única coisa que realmente importava naquele maldito jogo.

Conforme subia, as pessoas que estavam sentadas nas beiradas me olhavam confusas enquanto me seguiam com o olhar. Imaginei a reação de meus pais, confusos e provavelmente envergonhados pelas loucuras do filho.

— Angelina. - Segurei sua mão. Ela já estava na metade dos degraus das arquibancadas. A garota se virou um tanto atordoada, os olhos estavam mais verdes que o normal e a boca extremamente rosada.

— Oque faz aqui?! Volte para o jogo agora! - Pela forma como falava estava evidente que havia notado somente agora que o jogo havia parado.

Foram apenas segundos, os quais alternei meu olhar entre seus olhos e sua boca e então deixei que meu impulso tomasse conta de mim, a beijei.

Ela sorriu contra meus lábios como se estivesse esperando por aquilo a muito tempo. E do campo de minha escola, fui parar no céu. Seu beijo não era como imaginava, era muito melhor. Era como atravessar todas as pinturas de Van Gogh, as dando mais vida do que já tinham.

Ambos paramos o beijo pelos gritos da torcida e do campo. Rimos juntos, quando virei meu olhar o Treinador tinha um sorriso ladino nos lábios, Castiel se ajoelhou no chão como se estivesse agradecendo aos céus por aquilo finalmente ter acontecido.

Volta para o jogo. - Angel sorriu e soltou minha mão. Confirmei com a cabeça um tanto envergonhado. O locutor ria contra o microfone enquanto falava.

Bom, parece que o casal se resolveu pessoal! E enfim, Eubanks retorna ao campo para prosseguirmos com o jogo. - Ri mais uma vez olhando para Angelina que sorriu e voltou as suas posições. Depois eu descobriria oque havia acontecido.

Com a mente leve e o coração cheio coloquei o capacete e entrei em campo pronto para vencer de uma vez por todas aquele jogo, sabendo que depois teria a minha garota só para mim.

>✨<

Simplesmente orgulhosa do nosso Noen, hehehe.

Só eu que morreria de vergonha caso isso acontecesse comigo?

Amo vocês!

10 mil!
💞

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