Prólogo

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— Nós vamos morrer — disse Keegan ao meu lado, todo coberto de lama e um corte profundo na testa minando sangue.

— Se não quiser que eu te mate agora! — Me levantei com dificuldade sentindo minha coxa latejar. —Melhor calar a boca, seu filho da puta. — Ele gargalhou enquanto se levantava, mas cambaleou feio, e caiu de costas sobre uma pedra enorme coberta por musgo.

Uma bomba explodiu praticamente do meu lado, jogando vários dos homens no chão, todos espalhadas sobre a lama, em meio a folhas, galhos e os corpos já sem vida dos outros que não tinham tido sorte alguma.

Os terrenos frios e lamacentos de Gracemont Covert acabaram se tornando uma armadilha mortal para meus irmãos. O inimigo havia nos encurralado próximo às encostas, e tudo indicava que iríamos perder muito feio, e sinceramente, eu não estava pronto para perder a vida, aqui e agora. Se soubesse que iria acabar assim, teria enchido a cara no dia anterior.

— Caralho. — Encarei com espanto o sangue empapando o uniforme de Keegan, sobre a barriga, quando ele afastou o rifle de perto. Eu não tinha reparado antes — Grandíssimo filho da puta você é. Quando ia me dizer que estava com um rombo no meio da barriga?

— Não queria te atrasar. — Ele gemeu e riu ao mesmo tempo.

— Uma porra que queria. Sempre chamando a atenção e dramático feito uma mocinha.

— Me conhece bem. — Keegan se encolheu ainda mais e fez uma careta quando outra bomba estourou e os homens do outro lado começaram a atirar. — Que merda. Vou morrer na porra de uma vala.

— Cala boca e me deixa cuidar disso. — Coloquei minha M16 de lado.

— Não. — Keegan empurrou minha mão. — Desde quando você é médico? Mal sabe cuidar de si mesmo!

— Não vou te deixar sozinho!

— E não vai. Termine essa merda logo e depois vá buscar ajuda! — Keegan tossiu cuspindo sangue. — É melhor não me deixar morrer aqui. — Ele me empurrou pra longe e eu caí de bunda no chão. — Então acabe com isso logo!

Olhei ao redor, o cenário nada promissor e a quase certeza de que só um milagre para sairmos vivos daqui. Voltei a encarar o rosto pálido de Keegan, os olhos semicerrados me observando. Se ele continuasse ali ia morrer e eu não podia deixar que isso acontecesse, eu tinha feito uma promessa...

Ia salvá-lo, mesmo que morresse tentando, o que muito provavelmente aconteceria. Estávamos cercados e metade dos homens mortos.

— Vamos terminar isso e ir pra casa. — Peguei o rifle e me levantei, lançando um olhar para além da pedra, onde os homens atiravam por trás de árvores. Então voltei a me abaixar. — Não morra.

— Certo. — Seu sorriso debochado se desfez um pouco. — Mas não demore, ainda não acertei as contas com você por ter dormido com a minha irmã.

— Idiota. — Sorri, mas por dentro estava tremendo. — Volto pra te buscar, eu prometo.

— Vai logo e não enrola.

— Ok. — Fiquei meio de pé, meio abaixado, com a M16 nas mãos tentando não ser alvo dos tiros. — Nos vemos depois. — E dando uma última olhada pra ele, corri o mais rápido que pude, e me escondi por trás das pedras enormes, atirando sempre que via alguém com o uniforme do inimigo.

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Um amor nada Secreto +18 (Degustação)Onde histórias criam vida. Descubra agora