CAPÍTULO QUATRO

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Em algum lugar do quarto meu celular não parava de tocar, era um zumbido irritante que não cessava mais

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Em algum lugar do quarto meu celular não parava de tocar, era um zumbido irritante que não cessava mais. Me remexi impaciente sentindo as costas doerem e a cama dura feito pedra, como se eu estivesse dormindo no chão. O quarto estava frio e minhas pernas descobertas, então me virei resmungando baixinho, e me enrosquei na primeira fonte de calor que encontrei. Senti um braço forte me envolver e meu corpo inteiro relaxou, até que finalmente despertei, ao me dar conta de que não estava sozinha.

Abri os olhos e me deparei com nada mais nada menos que Garret deitado ao meu lado, todo esparramado e recuei imediatamente como se ele tivesse alguma doença contagiosa. Garret se mexeu e falou qualquer cosia que não consegui entender. Fiquei imóvel por segundos intermináveis esperando que ele despertasse, mas nada aconteceu. Para piorar a situação, percebi que não estava usando mais meu suéter e sim uma camisa branca masculina. Eu estava nua por baixo.

— Ai meu Deus! — murmurei, a respiração acelerada, o coração parecendo que ia sair pela boca e uma maldita dor de cabeça, aguda e enjoada que não me deixava pensar direito.

Aos poucos as memórias da noite anterior foram voltando e me senti encolher de tanta vergonha. O que eu tinha feito?

— Não acredito que isso aconteceu. — continuei falando sozinha e comecei a recuar em direção à lareira, tomando o máximo de cuidado para não acordar o dorminhoco, mas então meu celular que já tinha parado de tocar, voltou a berrar como louco. — Não... — sussurrei. Lancei um olhar amedrontado ao redor tentando identificar de onde vinha o som.

Ele estava sobre a cama, eu só tinha que me levantar e correr pra lá. Comecei me movendo de leve, me arrastando sobre o chão. Puxar o cobertor não daria certo já que Garret estava enrolado nele, o jeito foi pegar meu suéter que estava estirado no chão a alguns passos de mim.

— Fugindo tão cedo? — A voz rouca de Garret ecoou pelo quarto, e assustada, levei a mão ao peito.

Ele me encarava meio sonolento meio acordado, com os cabelos bagunçados. Seria uma visão de tirar o fôlego se eu não estivesse enfrentando uma crise.

Precisei recobrar a razão e me refazer do susto.

— Pra onde vai? Sexo de manhã é a melhor coisa que tem.

Senti meu rosto queimar de vergonha, então fiquei de pé num pulo.

— Não seja descarado. — Me cobri parcamente com o suéter na frente do corpo, ainda deixando boa parte das pernas de fora.

Para meu pânico, Garret também ficou de pé, com o cobertor enrolado na cintura, o peito à mostra... Os braços fortes...

Não vá por aí Alice.

— Eu? Descarado? Isso vindo de quem? — Seu tom era debochado. — Poxa Alice, que canseira você me deu.

— Cala a boca seu depravado! — Ele sorriu. — Vá embora agora!

Um amor nada Secreto +18 (Degustação)Onde histórias criam vida. Descubra agora