O vírus ( II )

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Poesia fantasiosa sobre os dias atuais.
Primeira parte;
https://my.w.tt/5CzPjWpYs5.

(...)
ALGUM TEMPO DEPOIS...

Corajosos até se dispuseram
a tentar corromper o nevoeiro.
Os más línguas afrontava-os,
proferindo que se sentiam superiores,
ou mais preparados que o resto.

Eles eram chamados corajosos,
porque agiam mesmo com medo.
Pegavam o medo na mão,
e seguiam mesmo assim.
Eram exemplo de benevolência.

A população se punha a reclamar,
invés de uma solução procurar,
não era novidade que aquilo
haveria de cessar.

"Nevoeiro, estamos fracos,
estamos fartos,
qual é a chave para a liberdade?"
Observando o nevoeiro os protestos contantes e a falta de paciência,
decidiu uivar negligentememte.
"O tempo não me vem a interessar,
você já são submissos a mim,
do que tens medo, homens?"

A reposta era a mais pura verdade.
Os dias sucediam, e
nenhuma verdade eles obtiam.

Um plano fizeram para essa situação,
amenizasse, para que a vida retornasse.
"Porquê veio nos perseguir nevoeiro?"
Já era pergunta retórica.
O que ambicionavam era a vitória.

Cansados de tentar achar uma teoria concreta, resolveram ir atrás da prática.
Gritavam e exclamavam,
que para suas moradas não iam voltar.
Que não iriam se conformar.
Aquilo já estava na hora de se cessar.

O nevoeiro ria com a angústia da população.
Era só questão de tempo para ele se findar.
O nevoeiro não queria confessar,
mas seus dias de reinado já estavam a acabar.

"É só questão de tempo".

~dedico essa poesia ao tempo,
que liberta e cura.

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