Draco.

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P.O.V
Draco Malfoy.

Se eu me arrependia? Sim, me arrependia de ter falado aquelas coisas para os gêmeos, o arrependimento foi maior quando soube pela falha da Granger que o Potter estáva, aparentemente, apaixonado por mim. Se eu não tivesse sido tão idiota, estaria pulando de alegria feito louco.
Meu mundo caiu por um momento ao saber que ele sumiu e estáva chorando. Segundo uma tal de Emilly.

O aperto no meu peito foi dilacerante, a pior dor que já havia sentido. Pior que um crucios. Isso eu poderia garantir.
Desespero tomou conta de mim ao vê-lo passar de cabeça erguida sem ao menos me olhar, mas eu merecia. Merecia cada olhar de ódio dele, mas não o de mágoa, pois aquilo me destruía de dentro para fora.

Eu aceitaria de bom grado todos seus xingamentos, todas suas perplexidades, mas não suportaria sua falta de olhar, sua falta de fala. Ele não me olhava. Não falava comigo. Ele me ignorava. Suponho que esteja retribuindo os mêses em que o ignorei pois estáva refletindo sobre meus sentimentos e não queria aceitá-los.

Mas hoje aceitava e afirmava com todas as letras. Eu amava Harry James Potter. Não, amava não. Eu o amo.

— Preciso da sua ajuda, Pansy. De você também, Zabini. - Me dirigi a eles assim que cruzamos as portas do Salão Comunal, voltamos para cá após passarmos por um Harry que demonstrava não estar abatido, apesar dos olhinhos vermelhos e lábios rosados, de tanto morder os mesmos.

Aquela imagem do moreno havia mexido comigo, ver seus cabelos bagunçados daquela maneira me fez ter pensamentos do qual Salazar se sentiria envergonhado, suponho eu.

— O que quiser, Dray. - Disse Pansy, com um de seus belos sorrisos enquanto se sentava.

— Suponho que seja sobre o Harry? - Perguntou, agora, Zabini.

— Sim, quero fazer direito, quero consertar meus erros. Quero conquistar da maneira correta meu anjo de olhos esmeraldas.

— Tenha certeza, Dray. Será difícil. - Me alertou Pan.

— Nem te dou garantias de que ele irá aceitar. - Avisou Zabini.

— Estou disposto a arriscar. - Afirmei com todo o tom de confirmação e convicção que possuía.

Eles me ajudaram, bolaram um plano, até mesmo conversaram com Hermione Granger e Ronald Weasley e ambos prontamente aceitaram. Como? Eu não faço ideia.
O plano era até que simples, amanhã seria sábado, não teríamos aulas. Na Torre da Astronomia montariamos um lugar apropriado, um tapete enorme cobriria o chão e envolta teria diversas almofadas, ao lado duas cestas de tamanho médio contendo diversos tipos de comida, velas perfumadas estariam por volta do lugar. Pode ser que ele nem ao menos me ouça, mas eu tentarei, farei de tudo para que tenha seu perdão. Não me restou mais nada mesmo, a única coisa que agora posso escolher é lutar por seu amor.

Enquanto houver um louco, um poeta e um amante haverá sonho, amor e fantasia. E enquanto houver sonho, amor e fantasia, haverá esperança”.

Disse Shakespeare, e eu devo concordar com cada palavra. Se ele me perdoar, então haverá esperança e eu a agarrarei como se fosse o último fio que me resta de vida.

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