Instagram;; Drarry

Ron.

P.O.V
Ronald Weasley.

Eu fico me perguntando, por que caralhas eu enviei aquela mensagem? Não faz sentido! Eu não sou assim, eu, Ronald Weasley sou totalmente e completamente controlado... Ta, talvez nem tanto.
A questão é: eu perco totalmente meu controle quando o assunto é ele, pois ele me faz sentir coisas que jamais já havia sentido. Ele me faz sentir-me diferente, especial, faz sentir-me amado. Mesmo que ele não demonstre isso quando nos esbarramos nos corredores de Hogwarts, somente nas redes sociais.

Sabe, as vezes me pergunto, se começássemos a namorar, o que acho bem improvável de acontecer, ele tornaria público ou diria que é melhor escondermos, por conta de sua linhagem puro-sangue e a minha de traidores do sangue? Perguntas que jamais serão respondidas. Após enviar aquela mensagem, que diga-se de passagem, foi totalmente e unicamente desprovida de vergonha, fui tomar um banho, por que? Porquê tinha esperança.

Esperança de que ele viria e nós iríamos para algum lugar legal e depois aconteceria o que tanto anseio. Ele finalmente me tomaria em seus braços e me faria seu.

Eu sei, sou um iludido por sonhar desta maneira, de forma tão acordada. Sou um idiota, eu sei. Mas sonhar não tem preço, então posso ficar a vontade.
Após terminar de me arrumar, desço para o Salão Comunal, aonde Simas me informou que ele já estáva ali. Sai em direção ao quadro da mulher gorda e assim que passei pelo quadro, sou puxado e pressionado contra a parede próxima.

— Você não devia ficar atiçando as pessoas assim, Weasley. - Sussurrou em meu ouvido direito.

— Não aticei ninguém, senhor Zabini, apenas aquele de meu interesse. - Sussurrei de volta, encontrando seus olhos.

Blaise sorriu, um sorriso de lado e então me deixou sair, me segurando levemente, mas com firmeza, pelo pulso, me guiando para fora do Castelo.

— Para onde vamos? - Perguntei quando chegamos próximo ao portão de Hogwarts, era final de semana, então podíamos sair.

— Você verá. - Sem ao menos olhar para mim, continuou seu caminho, levando-me junto a si.

— Dedos-de-mel? Três Vassouras?

— Não, definitivamente, não é nenhum destes lugares. - Mesmo de costas, pude ver brotar em seus lábios um sorriso presunçoso.

— Certo, okay. Eu entendi. Pode me dar uma dica pelo menos? - Perguntei esperançoso, quem sabe poderia arrancar algo dele desta maneira?

— Hmmm... Árvores, muitas árvores. - Me respondeu e não deu mais nenhuma brecha para mais perguntas ou conversa.

Caminhamos por uma trilha deserta, não era a caminho de Hogsmeade, mas chegava a lembrar, podia-se ver que por ali ninguém mais passava a um bom tempo. E foi então, após mais um tempo de caminhada em silêncio, com algumas piadas aqui e ali, que chegamos em um parque abandonado, que ficava na clareira da floresta. Estáva limpo, se considerarmos a falta de civilização e apenas o matagal que tomou conta de seu antigo território.

Nos aproximamos de um banco antigo de madeira, onde Zabini murmurou algo baixo, fazendo o banco ficar limpo, sem nenhum vestígio de mata. Nos sentamos e ele transfigurou um tronco caído em uma mesa, colocando a nossa frente, em seguida conjurando uma cesta que provavelmente ele já havia preparado a um tempo.

— Sei que não é o melhor local, mas...

— É perfeito, sério. Um lugar calmo e em paz era tudo o que eu precisava no momento, depois daquela discussão com aquela garota. - Falei suspirando, abaixando minha cabeça.

— Sim, entendo... Ela é bem chata, não? Como se eu não fosse usar camisinha. - Em seu tom de voz era nítido a indignação.

— Falou como se fosse nossas mães! Odeio aquela garota.