𝓣𝓱𝓮 𝓡𝓲𝓿𝓮𝓻'𝓼 𝓕𝓵𝓸𝔀

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— Então? — David pergunta para sua mulher assim que ela desliga o telefone. Eles ficaram sabendo por alto do incidente na floresta e seus corações ficaram aflitos pela filha, pelo neto e também por Regina.

Branca virou-se para ele e gesticulou para que o homem se acalmasse, enquanto processava as informações. Respirou fundo, agradecendo profundamente por essa aventura não ter sido fatal.

— Eles estão bem. — ela informou, primeiramente, e David relaxou um pouco a posição. — Emma está com Regina no quarto, apenas como acompanhante. Regina usou muita magia e está cansada, mas nada que um período de repouso não a faça recuperar as energias. 

— Que bom. — ele falou realmente aliviado — E Henry?

— Bem também! Não precisou ficar hospitalizado. 

— Mas... — ponderou o Encantado — Ele não está no quarto também?

Branca parou por um instante, pensando. 

— Não... Emma falou que só estavam ela e Regina. — então percebeu a expressão contrariada de David e se preocupou — David? O que foi?

— Eu só estou preocupado com o Henry. — ele admitiu. Ambos se conhecem há tempo demais, e se amam a tempo demais para tentarem esconder as preocupações um do outro. — Não acha que ele tem estado estranho ultimamente?

— Como assim "estranho"?

— Não sei. Um pouco aéreo, desatento. Parece estar vivendo em outro mundo...

Então Branca sorriu e se aproximou do marido intrigado, abraçando-o gentilmente.

— Eu acho que todos os avós pensam isso de seus netos... principalmente nos dias de hoje. — ela diz tranquilamente. E percebe que sua tentativa de acalmá-lo não funcionou, então acaricia as costas do homem que tanto ama antes de decidir o que fazer — Mas tudo bem. Se você está desconfiado, manteremos os olhos e os ouvidos bem abertos para o Henry.

E agora sim David sentiu-se mais calmo por saber que farão algo a respeito.


(***)


Glinda continuava a investigar pelos reinos. Já fora para sua terra natal, Oz, onde teve uma agradável conversa com sua amiga Dorothy e a Chapeuzinho Vermelho, já se aventurara pelas dunas de Agrabah para conversar com o sultão e a sultana, Aladdin e Jasmine. Sua agenda já estava quase vazia, então ela estava bem mais tranquila com horários e afins. Dirigiu até a Ponte dos Trolls e lá parou, descendo do carro. Caminhou para a lateral da ponte, chegando ao rio que por ali passava.

Como gostava de passar o tempo ali. Ver o rio correr apressado e levar seixos e peixinhos consigo. A seus pés tinha o que chamava carinhosamente de Dormitório dos Seixos, pois aquelas pedrinhas que não conseguiam acompanhar o ritmo apressado das águas, paravam na margem para descansar. 

Era mais uma manhã fria em Storybrooke e Glinda cruzou os braços, tentando aquecer as mãos em seu sobretudo rosa pastel. "Hora de seguir em frente, para Camelot", pensou. E ao preparar-se para voltar a seu carro notou um brilho, refletindo a luz do sol, vindo do meio do rio. 

No mínimo estranho já que essa região é das mais limpas que Glinda conhece. Teria alguém perdido algo de muito valor? E se a pessoa estiver procurando por esse querido objeto?

A Bruxa Boa do Sul, então, tirou as sapatilhas e as deixou na margem, caminhando rio adentro. Ele não era tão fundo, deveria alcançá-la na cintura, mas a correnteza estava furiosa e ela precisava tomar cuidado.

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