Capítulo VI - Oliver II

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Enquanto era banhado por suas aias, Olly imaginou o que faria dali em diante

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Enquanto era banhado por suas aias, Olly imaginou o que faria dali em diante. Seu casamento com Maximilian iria acontecer de uma forma ou de outra, e em breve ele seria coroado como o rei ômega das ilhas de lava.

Se fosse outro ômega, estaria radiante e com seu corpo transpirando felicidade, mas Olly não era como eles. Nunca concordara com os ensinamentos que tivera antes, sobre sempre obedecer seu alfa e nunca o questionar. Quando questionava sua mãe sobre aquilo, fazendo questão de transparecer sua frustração, ela apenas ria e dizia que desde os primórdios da humanidade as coisas funcionam daquela forma.

Oliver respondera que um dia iria mudar aquilo, que faria com que ômegas parassem de ser tratados como lixo. Sabia que com exceção do reino árido de Janir, todos os outros reinos tratavam ômegas da mesma forma.

Eles não tinham quaisquer direitos de sucessão, nem mesmo se nascessem primeiro, o direito sempre seria do filho alfa, por mais novo que fosse. Em casos de que não houvesse alfa para assumir a liderança, o filho ômega seria obrigado a se casar com um alfa, e esse assumiria seus direitos. Era sabido também que relações entre alfas, assim como entre ômegas, eram consideradas crimes em Hetar.

Fisicamente um alfa não conseguia manter relações sexuais com outro alfa, o nó que formava em suas partes íntimas acabava os machucando durante o ato. Mas ômegas não tinham esse problema, podiam fazer manter relações entre si, contudo, como não possuem um nó, acabam por não se satisfazer totalmente.

Mesmo sendo considerado crime relações entre dois ômegas, na prática, muitos alfas fechavam seus olhou ou simplesmente ignoravam aquilo, por acharem que era algo extremamente excitante. Olly se enojava com a hipocrisia que existia naquele mundo.

Novamente estava nu quando saiu da banheira, foi coberto com uma túnica e levado para seus aposentos. Sempre que virava um corredor, via um alfa de guarda com armadura completa, o Tubarão negro dos Burkov parecia rugir de forma ameaçadora sobre o metal. Em breve, aquele também seria seu símbolo, e assim toda sua história seria apagada.

Todos que conhecia estavam mortos e Olly simplesmente não tinha mais vontade de viver, entretanto, se considerava covarde demais para dar um fim naquilo tudo. O que conseguiu fazer foi cortar seu pulso com uma faca durante o jantar, mas não fora profundo, no fim ficou com medo. Seu marido ficou sabendo do ocorrido e proibiu que objetos pontiagudos ficassem próximo a ele. Oliver nem se quer comia com suas mãos agora, um pajem fazia a tarefa, enquanto um guarda vigiava as refeições.

Parou no centro do quarto, inerte, os olhos distantes enquanto era banhado em loções e óleos perfumados. O cheiro era bom, parecia lavanda, e foi passado em todas as partes de seu corpo, incluindo suas partes íntimas. Logo depois vieram as roupas, todas de coloração preta com detalhes dourados, as cores dos Burkov. O último detalhes veio em seguida, com Ella depositando um broche de metal com o símbolo da casa Taylor, uma esmeralda em formato de estrela, acima de seu peito. Oliver olhou para o objeto com afeição, foi uma das poucas coisas que vieram de sua antiga morada e sempre que se sentia fraco, brincava com o broche entre os dedos.

O Jogo dos Reis [Livro I]Onde histórias criam vida. Descubra agora