My love is you - Namjin Abo

Cap-37

Aviso: Capítulo sujeito a lágrimas.  

"Um dia
Eu escrevi uma longa carta para a lua
Não é tão brilhante quanto você
Mas eu acendi uma pequena vela
Em um parque melancólico
Canta um pássaro sem nome
Onde você está?
Oh, você
Por que você está chorando?
Somos apenas eu e você aqui
Eu e você
Oh, você
Então chega a noite profunda
O som do seu canto
Com um passo de cada vez
Traz a manhã escarlate
O amanhecer está passando
E, quando a lua adormece
A luz azul, que comigo permanecia
Desaparece
Hoje, também, vivo moderadamente
Mantenho o ritmo, usando os meus pés apenas o suficiente
O sol me tira o fôlego
O mundo me tirou tudo o que eu tinha
Sem escolhas, não tenho nem uma alternativa
Sob a lua, recolho o meu eu estilhaçado
Eu lhe chamo de filho da noite
Nós somos filhos da lua
Respiramos o ar frio do amanhecer
Sim, nós estamos vivendo e morrendo
Ao mesmo tempo
Mas, agora, você pode abrir os seus olhos
Porque como em qualquer diálogo, de qualquer filme
O mundo todo é azul sob a luz da lua" - 4 O'Clock

- Me desculpa... Mas eu não posso mais...

Aquelas palavras sairam de uma maneira tão dolorosa de seus lábios. Grossas camadas de lágrimas deixava sua visão embaçada, como um espelho em contato com a fumaça da água quente. Seus olhos estavam vermelhos assim como seu rosto, que se contorcia em dor. Aquelas palavras sairam de seus lábios de uma maneira tão carregadas de dor e angústia, ele estava se sentindo tão mal por estar prestes a colocar um fim em tudo aquilo. A dor estava lhe afogando, lhe matando aos poucos sufocado em todos seus sentimentos totalmente confusos e extremamente dolorosos, ele não podia colocar em palavras, tamanha a dor que ele sentia em seu peito, ele sentia tudo e ao mesmo tempo nada. Ele estava completamente perdido no meio da imensidão da escuridão novamente, e dessa vez, ele já tinha sido consumido por ela, transformando seus dias em preto e branco, a dor era tão aparente em si, e ele se sentia fraco por não conseguir evitar tudo isso.

Ele ficou um tempo parado no mesmo lugar apenas olhando para a porta, com um olhar totalmente vago e sem brilho. Ele enxugou algumas das lágrimas que estava em seu queixo, fungando em seguida. Ele andou até o criado-mudo vendo o quadro, aonde estava ele e Namjoon, estavam felizes. Ele sorriu de uma maneira triste e colocou o quadro em seu devido lugar novamente, mas antes de se afastar, ele passou as pontas dos dedos gélidos sob a superfície lisa do objeto feito de vidro. Dando as costas para o porta retrato, ele começou a andar em passos extremamente lentos, enquanto olhava pela última vez aquele cômodo, o lugar que passou tantos momentos bons e ruins durante meses.

Seus pés descalços entrava em contato direto com o chão extremamente gelado do quarto, ele passou a ponta dos dedos sob a parede do quarto, sentindo a textura contra sua pele. Quando ele finalmente chegou de encontro a porta do banheiro, ele colocou a mão sob a maçaneta, sentindo a textura lisa e gelada em sua mão, com pouca força, ele girou a maçaneta abrindo a porta do banheiro, no mesmo instante a luz do cômodo se ligou, por conta do sensor de presença.

Ele olhou por um período para a porta que Namjoon havia saído, deixando uma lágrima solitária escorrer pela sua bochecha esquerda. Logo depois ele acordou do pequeno transe fechando a porta com lentidão, vendo a porta principal do quarto ir sumindo de sua vista aos poucos, até ver somente a porta do banheiro totalmente fechada. Levou uma das mãos trêmulas para a fechadura da porta, girando a chave para fechá-la. Se voltando a andar, ele foi em direção a pia, encarando seu reflexo no espelho, ele começou a chorar de verdade.

O reflexo do espelho lhe mostrava o quão destruído e quebrado ele estava. As olheiras fundas embaixo de seus olhos cansados e totalmente sem brilho, a expressão de sofrimento em sua face, ele estava totalmente destruído. A vida adorava vê-lo totalmente destruído, com certeza ela estaria rindo de sua cara agora. Ele era como se fosse um brinquedinho que a vida usava para se divertir, o magoando e destruindo tudo de mais importante que ele tem.