Hummus é acordado pela jovem feiticeira Axia, 4 meses após ser considerado culpado por trair o reino de Saltatiuns. Confuso, o mundo já não é mais o mesmo pra ele, depois de destruir a vida do rei Solidum.
No entanto, Hummus sabe melhor que ninguém...
A pior parte de o Golem ter agido como uma “nuvem de poeira” é que isso ocultou a visão de Hummus e a de Axia para o que estava por vir; talvez a verdadeira catástrofe tenha apenas iniciado.
A paisagem agora pintada pela nuvem que cada vez mais se elevava no céu, preocupando Hummus e Axia.
— Deve ser um ataque a aldeia Eiperoticus! — a jovem supõe, apontando para a direção da fumaça.
— Eiperoticus? Que lugar é esse?
— É um pequeno povoado que chegou há pouco tempo nesta região. — explica ela, entendendo a mão para Hummus. — Passei por lá nas últimas 24 horas, posso nos teletransportar até lá.
Hummus aperta a mão da feiticeira. Logo em seguida, ela pede que o mandragoriano feche os olhos e siga suas instruções; caso contrário poderiam ficar presos na linha do tempo.
— Bela maneira de deixar qualquer um calmo — Ele retruca de olhos fechados.
Axia ignora o seu comentário e pede que fique bastante relaxado e se concentre.
— Pode ser um pouco difícil, você nunca soube da existência do local; passei por lá, só que com pressa e sem notar os detalhes, preciso de uma imagem clara do povoado. — a jovem conecta sua mente a de Hummus, enquanto tenta se imaginar no lugar.
Uma forte chuva repentinamente se inicia e com a água caindo em seu corpo, ela se lembra daquele lugar úmido. Refém do medo, gárgulas ao redor, a pequena trilha de vidro criada por Blanche acima da superfície aquática. Camadas de rochas cercando o lago como um pequeno limite. Ferrugem agora deteriorava a adorada imagem de Basil, lendária serpente dos Cinco Supremos.
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A paisagem agora estava no consciente de ambos.
Seu corpo e mente se equilibram à medida que as gotas frias a atingem. Em seguida, ela profere o feitiço com fé.
Axia sente uma forte pressão, enquanto seu corpo passa a levitar. Aquele seria o momento-chave do feitiço, como Morgana, sua madrinha, gostava de intitular.
O corpo da bruxa levita cada vez mais, enquanto Axia se sente pesada a medida que paira e em determinado momento não aguenta e caí ao solo. Hummus abre os olhos e com gentileza ajuda a pequena a se levantar. Axia recusa, pedindo para que não se preocupasse; poderia tentar novamente.
Mais uma vez, o feitiço é proferido, o corpo da jovem levita a alguns metros do chão, quando já está em uma certa altura, sente um profundo peso e caí. Axia tenta novamente, persiste, se esforça, procura força no âmago de seu ser, ficava tão pesada que em determinado momento, não conseguia mais pairar. Lá estava ela de novo, no chão encharcado, sem forças, enquanto Hummus se agacha, ficando mais próximo da jovem.
