Eu estava chorando na porta de casa, os olhos ardendo.
As memórias do Ian não haviam me feito bem, de nenhuma maneira. Talvez as lágrimas fossem de saudade, pois ele tinha mudado de cidade uma semana depois daquele dia, foi repentino, ele não sabia, muito menos eu.Minha mãe me contou depois, quando dei falta dele e tive coragem de perguntá-la.
Eu nunca mais o vi. Já havia se passado mais ou menos um ano. Sem respostas, sem notícias, sem sossego.
Depois de limpar o rosto, com as costas da mão, peguei minha chave que tinha um chaveirinho de caveira, que eu realmente adorava, e abri a porta.
Minha mãe nunca almoçava comigo, exeto as quintas, era sua folga. Ela sempre ia trabalhar as 10:00 e voltava as 23:00.
Era policial, por isso, sempre almoçava algum lanchinho. A mãe do Ian era parceira dela, mas por ter sido transferida, agora minha mãe trabalha sozinha.
Almocei na frente da tv e acabei apagando lá mesmo. Não que eu estivesse cansada, mas estava com preguiça de ir até o quarto. Apesar dele se encontrar a três passos da sala, eu sempre acabava ficando por lá mesmo, o sofá era até confortável.
Quando estamos com preguiça qualquer lugar é mais confortável do que aquele que está mais longe.
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Meu Anjo Sem Asas
Teen Fiction"Nem todos os anjos tem asas, as vezes, eles tem apenas o dom de te fazer sorrir." Ps: Eu escrevi esta estória aos 12 anos de idade e não tenho a intenção de editá-la (apesar de ter tentado algumas vezes). Me desculpem pelos erros de português e a i...