Hoje é provável que você tenha a chance de ter um ótimo dia, ser feliz e ter paz, a menos que você seja uma planta, e uma planta específica, as plantas de um homem chamado Crowley.
- CRESÇA DIREITO SUA BESTA OU EU FAÇO PICADINHO DE VOCÊ!
As plantas do Crowley, que o enxergam como o próprio Satã, são aos mais bonitas, verdes e assustadas de toda a vizinhança. Hoje seria mais um dia exaustivo de gritos e berros para as plantas, porém houve um acontecimento que foi considerado um benção de Deus por elas.
- PUTA QUE PARIU EU TO VENDO UMA MAN...- a leve batida da porta de um carro interrompe a "conversa" do Satanás Botânico com suas servas.
Crowley sabia que eventualmente alguém iria se mudar para a casa ao lado, não que ele se importasse, mas é sempre bom conhecer a pobre alma que irá ser sua vizinha. Crowley é considerado um demônio não só pelas suas plantas, mas pelos seus vizinhos. Bem, um cara que anda sempre de preto, cheio de tatuagens, gritando sempre, e sempre com uma cara de bravo, ouvindo música no volume máximo, não é bem o vizinhos dos sonhos.
A pobre alma que iria se mudar para a casa ao lado de Anthony J. Crowley, era Aziraphale Fell, repleto de felicidade por se mudar finalmente, e cheio de exaustão pela mudança que ele fará.
Quando Aziraphale saí de trás do carro com todas as caixas que ele tirou do porta malas, Crowley teve seu primeiro conflito com seu novo vizinho assim que ele virou: ele era admirável, não admirável, ele era lindo. Só que tinha algo mais nele que foi a gota d'água para Crowley, a energia que ele emanava, o rosto dele, toda a composição era o problema, é o tipo de beleza peculiar que você se interessa a cada novo detalhe que nota.
Aziraphale fez algo que poucos conseguem, mesmo em meio a todas aquelas caixas rotuladas de "Livros", tirou além do fôlego de Crowley, os óculos. Porém o mesmo tinha uma postura a se manter.
" Okay, Anthony J. Crowley você já olhou demais pro cara, mais que sua pose de mau permite."
Rapidamente ele volta ao seu árduo trabalho de regar e educar todas da família plantae, pro bem delas, ele estava quase acabando.
- Parem de tremer! Nem é pra tanto.- a mente de Crowley ligou o modo automático e guardo um lugar para pensar "será que ele é solteiro?", Crowley era adepto da filosofia: caiu na vila, peixe fuzila.- ISSO É A MERDA DE UMA MANCHA? CARALHO, EU TE AVISEI!
Aziraphale mal tinha começado a carregar toda as caixas e já estava esgotado, um pouco pela questão do sedentarismo e outra pelo fato que ele tinha mais centenas e centenas de livros, desde quando saiu da casa dos pais, não se desfez de um único livro, e ele sabia que se deixasse algo na casa dos pais, seus irmãos iam tratar de jogar fora por seu objetos fúteis ocupando espaço, isso o entristecia. Porém, logo depois da 10ª caixa cheia de livros ele iria se arrepender de ter trago tantos.
O fanático por livros tinha fé que aquele seria um bom bairro, a vendedora lhe prometeu segurança e tranquilidade, em partes, segundo ela, só havia um empecilho na vizinhança: as milhares de reclamações dos vizinhos sobre a barulheira que determinado morador fazia.- CARALHO, EU TE AVISEI!- o grito desconcentrou totalmente Aziraphale do que estava fazendo, ele podia jurar, que se estivesse de olhos fechados e não soubesse onde estava, que era um advogado em meio ao tribunal defendendo um cliente.
Agora, ele conheceu seu mais novo vizinho "adorador de satanás" - palavras gentis de uma senhorinha que morra a duas casa de Aziraphale - e logo na primeira olhada lembrou de todos os discursos que seus pais lhe deram sobre "más influências" na adolescência. "É impressão minha ou ele estava gritando com as próprias plantas?"
Mesmo com tudo que os seus pais lhe disseram de seguir o caminho do senhor, ele admirou o demônio a sua frente, e esse realmente pode ser um título atribuído a Crowley, porque tudo que Aziraphale ouviu falar sobre tentação do diabo estava ali em sua frente. Seu vizinho, mesmo suado, todo tatuado - Aziraphale espera que ele possa se acostumar com as tatuagens, principalmente a da cobra no braço - era uma tentação. Ele lembrou de tudo que seus pais disseram sobre pessoas tatuados e tentou seguir com a mudança sem olhar estagnado de novo.
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Ineffable Neighbors - Good Omens
RomanceNum universo alternativo onde não houve nenhum Armageddon, em que o maior apocalipse aconteceu na vida de Crowley e Aziraphale quando ambos se tornaram vizinhos. Inspirado na arte do @optcldrift (ig)