descobertas

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À algum tempo elas foram descobertas em grandes "cardumes" perto dos litorais da grande cidade de Konoha, mas consideradas ameaças e até havia quem chegasse e dissesse que aquilo era mentira.

Para as surpresas dos cientistas que estudavam aqueles fatos, uma delas fez contato com eles através de um submarino, por sua explicação queria muito conversar com humanos e descobrir sobre a terra acima da água. Eles estranharam, a estudaram e conversaram com ela, assim descobrindo coisas novas, culturas novas e espécies novas que ela mesma descrevia com exito. Isso logo se tornou notícia e outras foram aparecendo nas praias e lagos conectados ao mar, de primeira foram atração pública até serem levadas a sério.

Após aquela grande evolução de conhecimento dos mares, se foi tirado da lista de mitos e lendas urbanas as sereias. Elas existiam, e não eram como as pessoas pensavam. Elas foram reconhecidas, algumas até vivem fora das águas e ficaram famosas como cantoras, professoras e estilistas marinhas, assim as representando e deixando uma boa imagem sobre esses seres;

E uma coisa também descoberta foi que com a afeição por humanos, a sereia ou tritão podia se transformar em humano na terra. Era algo bizarro e sem explicação, mas logo aceito. Hoje em dia é normal ver alguém conversando com alguma, era considerado sortudo quem conseguisse fazer alguma se apaixonar, fácil era pra alguém se apaixonar por elas.

Essa história é sobre Kikima. Uma sereia especial como poucas; não canta e não se apaixona como as outras, sua pele é azulada lembrando um tubarão, sua cauda é grande como o rabo de uma serpente e a ponta é parecida com a asa de um dragão, que logo conheceria o sentimento quente e confortante denominado "amor".

(As sereias nunca foram só mulheres com rabos de peixe, algumas podiam até ser o contrário.)

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Passeando pelas águas quentes já perto do seu plano de encontro, Kikima nadava e dançavam pelas plantas feliz da vida; ela adorava quando se reunia com seus amigos para conversarem sobre as grandes novidades que eles reuniam para falar da boca pra fora.

Numa pedra lascada lá estavam uns de seus parças; Konan, Derieri e Yaga. Konan era do grupo a mais normal tendo a cauda roxa e média, Derieri era um homem que parecia uma mulher de cauda amarela e uma belíssima voz, o Yaga era parecido com um peixe palhaço e muito shippado com a Konan.

Kikima- gente!! Me falem o que foi dessa vez!! –ela rodeava por eles animada–

Konan- adivinha!! O Derieri conseguiu uma namorada depois de décadas!!

Derieri- HEY!! P-pior que é verdade… e tu que ainda não se confessou pro Yaga, han?

Konan- QUÊ?! –dizia puxando o cabelo de Derieri–

Yaga- e quem seria o cara, Derieri? –dizia muito calmo diante a matança–

Derieri- É UMA GAROTA SEU PALHAÇO. E ela é muito linda, baixinha, adora a cor coral e também gosta de arte!!

Kikima- com certeza não sabe o nome dela.

Derieri- eu sabia, mas esqueci. –deu de ombros–

Konan- e você, Kikima? Já achou alguém?

Kikima- e eu preciso? Se não servir nem pra comer, não vale.

Yaga- mas também, você só pensa nessas coisas! Nunca pensou eu ter uma relação com um humano que não seja pra devora-lo?!

Kikima- não, nunca pensei. E também, tou de boa com minha vida sem namoradinhos e apaixonites.

Konan- você não canta, então será difícil você achar alguém. À não ser que sequestre alguém.

Kikima- mas não posso fazer isso, Konan! Isso é coisa que eu pense em fazer?!

Derieri- você vai achar alguém, mesmo que seja só pra come-lo. Pois bem, vocês viram o resto do pessoal?

Konan- nunca mais os vi depois que apostamos aquela corrida. Acho que devem estar dormindo até agora.

Derieri- heh. Aqueles preguiçosos do caramba. Da última vez quase foram enterrados vivos.

Kikima- … eu já vou indo! Quero ver como a cidade está!

Konan- hey! Eu vou com você!

Enquanto elas iam felizes pra superfície, Derieri e Yaga ficaram lá apostando na quebra de braço. Derieri sempre ganhava e Yaga gostava de perder seu tempo com os pedidos de revanches.

Já era um pouco tarde, elas subiram pra perto de uma rua que ficava do lado do mar que não tinha um dia que não fosse movimentada. As pessoas olhavam e as vezes até cumprimentavam elas, Konan apontava pros cara brincando com Kikima dizendo que "aquele daria certo pra ti" e ela só negava de boba que era. Quando olhou pro fim da rua que era como uma lojinha de cartões e viu um rapaz que usava uns óculos de sol, ela ficou o encarando por una dez segundos com os olhos brilhando. Konan na hora sacou.

Konan- entendi, e aquele, han? Eu sei que você gostou dele! –ela abraça Kikima com um braço–

Kikima- OUH!! Num pense que só porquê olhei por segundos eu já tou interessada! E mais, nem o conheço!

Konan- ora, não pode conhecer não? Tenta chamar ele!

Kikima- como? Dançando na água como um golfinho?!

Konan- claro que não besta! Basta… eu sei lá. Não acho que seja moderno ir lá e chama-lo.

Kikima- você tem uns argumentos que eu acho engraçado. Vamos embora, acho que ficamos tempo demais aqui.

Konan- não vai nem tentar?!

Kikima- não, tou com preguiça pra tentar. –entra na água–

Konan- aaaaaah, qual é?! –e segue Kikima–

E elas voltaram para seus divertimentos normais debaixo da água como tentar enrolar a outra em um monte de algas, depoia foram ver o que aqueles dois estavam fazendo e não era nada demais; apenas um tentando matar o outro enforcado.

Eles passaram o resto da tarde falando sobre o mundo, como ele era estranho e os humanos mais estranhos ainda como "usar placas de retangulares nos ouvidos e ficarem falando sozinhos" e "comerem peixe". Eles viviam assombrando Kikima com essa de comerem todos os tipos de tubarões por causa da aparência dela que podia ser confundida com um e acaber sendo comida antes.

A maioria das sereias e tritões eram vegetarianos, menos os tipos puxados pras serpentes e tubarões como a Kikima, ela adorava carne, mas não era do tipo de caçar, apenas comia o que o povo as vezes dava de presente e sem se preocupar com o fato de poder estar comendo algo envenenado.

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Era de noite, quando chegava na hora de dormir as sereias se separavam e elas mesmas preparavam um canto para dormir. E era o que Kikima estaria fazendo neste exato momento, mas ela não tinha muita exigência então só limpou o local e se enrolou ali.

Antes de poder dormir, sua cabeça se desvaneava em certos pensamentos; será que alguém a amaria, mesmo com aquela aparência? Ou teria medo dela? Iria mesmo conquistar alguém sem possuir a habilidade de cantar? E aquele sentimento de tarde só não teria sido uma coincidência passageira?…

Ou ele também já teria a notado? Ela não sabia, e iria ficar sem saber até que pudesse olhar pra ele novamente.

Seus (des)encantosOnde histórias criam vida. Descubra agora