Capítulo 2-A mudança da doença

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Olá, chamo-me Mattheus, tenho vinte anos, moro no Canadá, desisti da universidade por causa da minha doença, já sei que não tem cura, tenho leucemia linfoblástica aguda.

Mudei-me há dois anos para aqui, acabei por conhecer a Daniela, o amor da minha vida, faleceu da mesma doença que eu.

Vivo com a minha mãe, o meu pai faleceu vítima de um acidente rodoviário, adorava que o meu pai ainda estivesse aqui comigo para me dar força.

Sei que tenho pouco tempo de vida, mas pelo menos sei que estou feliz e vou partir para a beira da Daniela, o meu amor.

Ela pediu-me antes de falecer para eu seguir com a minha vida para frente e não olhar para trás, sei que nunca vou conseguir esquece-la, só tenho um ano ou muito menos de vida.

Hoje, conheci os novos vizinhos que compraram a casa da Daniela, são simpáticos, vou trabalhar na casa deles como jardineiro.

Estes novos vizinhos avisaram-me, para eu ter cuidado com a filha deles mais nova, porque era uma menina muito revoltada e têm medo que ela me magoe ou que me possa ofender, como fui teimoso decidi ir na mesma para o jardim.

Ao chegar ao jardim, senti a presença da Daniela, sei que não é impressão minha, senti essa presença e deparei-me com uma rapariga de cabelos grandes e loiros.

Cheguei perto, senti a sua respiração e reparei que ela sentiu a minha presença, aproximei-me, ela viro-se para mim e disse:

-Precisa de ajuda?- perguntou-me ela a voltar-se novamente para a fogueira.

-Vim dar as boas vindas, desculpa, não queria assustar.- disse a aproximar-me da fogueira.

-Sou a Maya, desculpa perguntar, tens algum problema de saúde?- perguntou ela triste.

-Sim, tenho leucemia linflática aguda, sou o Mattheus.- disse eu.

-Não fiques assim, a minha irmã mais velha e o Jonhy tiveram esse problema e não sobreviveram.- disse a Maya trieste.

Eu abracei-a, não sei o que deu em mim para fazer isso, ainda estava a abraçá-la quando senti a Maya a cair, pelo que percebi desmaiou.

Quando voltou a ela,não conseguiu levantar-se sozinha, então eu ajudei-a e a menina pediu para eu a levar para a cozinha.

Levei-a para lá e sentei-a na primeira cadeira que me apareceu, assustei-me com o sucedido e perguntei-lhe.

-Tens algum tipo de problema, diabetes ou assim?- perguntei-lhe eu preocupado.

-Tenho as tensões baixas, quando não almoço ou assim, neste caso, se estiver de estômago vazio.- disse a Maya ainda abraçada a mim.

Pediu-me para eu aquecer uma hambúrguer vegetariana, assim o fiz, aqueci-lhe o hambúrguer e entreguei-lhe.

Fiquei triste por saber que ela perdeu o namorado e a irmã por causa desta maldita doença.

Sinto-me muito bem perto dela, como se o próprio espírito da Daniela estivesse com a Maya, ela sofre como eu sofro todos os dias.

Estou agora estranho pelo caderno que a Maya me mostrou, levei-a para o quarto, para descansar, e ai ela falou-me mais sobre o caderno.

O caderno tem muitos cálculos sobre a minha doença, não sei se isso resulta ou não, mas por aquilo que ela me contou, não chegou a experimentar na irmã e no namorado por causa dos tipos de sangue não serem compatíveis.

A Maya pediu-me para para experimentar isso em mim, já que ela me pediu para ver o meu tipo de sangue, sendo ele AB- negativo, a Maya é B-negativo.

Sinto nela que esconde um segredo, contudo não sei dizer o que é, sei que têm haver com estes cálculos , mas vou descobrir esse segredo.

A Maya está fraca,isso não é normal, então ela levantou-se, e eu segui-a e não sei o que deu em mim, puxei-a para mim e beijei-a, ao início ela não correspondeu, mas depois cedeu e foi um beijo calmo e sereno.

Um Bad Bay DiferenteWhere stories live. Discover now