A TRANSIÇÃO PERFEITA ✈

CAPÍTULO 7

Os meses estão passando rápido demais desde que cheguei à Califórnia, o que está me deixando ansiosa.

Isso significa que logo logo irá começar as minhas aulas em um novo colégio, em um novo país e com novas amizades.

Sinto muita falta do Gusta, meu melhor amigo do Brasil.

Ele sempre me apoiava em todas as minhas loucuras, e será muito difícil estudar sem ter ele comigo este ano.

O Nathan que está me ajudando a não ficar tão mal em não ter o Gusta comigo, e anda se mostrando um ótimo amigo para mim.

Esses dois meses com ele e com toda a turma, foram INCRÍVEIS.

Acho que nunca me divertir tanto em um ano como nesses meses que estou aqui.

O pessoal se mostrou muito gentil e atencioso em me mostrar a cidade e me deixar completamente confortável com tudo isso.

Praticamente todos os dias nós saímos para algum lugar turístico ou apenas para o Mourice's, a lanchonete que fica perto do colégio e que adorávamos ir.

Comecei a ficar muito próxima da Katrina e do João, que são um casal.

Eles são muito fofos comigo, principalmente o João, porque ele também é brasileiro, então entende perfeitamente a minha situação.

Hoje chamei todos para virem até a minha casa, para podermos prosear um pouco, mas nada muito grande.

Queria conversar um pouco mais com eles sobre a universidade, entender um pouco mais das coisas.

Faltava apenas uma semana para as aulas começarem, e eu estava ficando cada vez mais nervosa.

As únicas pessoas do meu novo grupo que possivelmente estudariam comigo era a Crystal e a Chay, que também iriam cursar psicologia.

Quando todos chegaram, começamos a decidir como iríamos para a universidade.

Se iríamos todos juntos, de carro, de ônibus, a pé, ou não sei de quê.

Então decidimos que iríamos em duplas:

Eu e o Nathan.

Kat e João.

Crystal e Chay.

Mari e Clara.

Decidimos assim pois ficaria muito mais fácil.

E marcamos de sair de casa às 07:20 AM para todos chegarem praticamente juntos.

Depois que conseguimos ajeitar tudo isso, e também com qual estilo de roupa nós iríamos...

Sim, nós decidimos ATÉ isso.

Ficamos conversando mais um pouco, comemos e depois eles foram embora.

No outro dia, pela manhã, eu resolvi fazer algumas compras e começar a andar um pouco sozinha pela cidade.

Era ótimo andar com o pessoal, mas precisava me acostumar a andar sozinha também.

Decidir ir em um mercado que não era tão longe da minha casa, onde já tinha escutado os meninos falarem que nele possuía diversas coisas úteis.

Antes de ir eu tomei um banho bem relaxante, pra poder acordar com um bom humor.

Vesti uma legging preta com um tênis que já está MUITO gasto, mas era perfeito para a ocasião.

Coloquei uma blusa meio folgada, porém bem longa em mim, de cor amarela lisa.

No cabelo eu fiz um coque meio despojado, passei um perfume e fui em direção ao mercado.

No caminho, me deparei com crianças correndo com seus cachorros, idosos sentados na varanda, pois estava um dia muito bonito e com uma fresquinha boa.

Chegando no mercado, o achei muito bonito.

Pelo que entendi dos meninos, esse mercado era daqueles considerados simples por aqui.

Mas se fosse no Brasil, seria considerado de total luxo.

Ele era enorme em todos os sentidos.

Não tinha muitas pessoas no mercado, e as que tinham estavam espalhadas pelo vasto mercado.

Peguei um carrinho na entrada e fui pegando as coisas que precisava.

Fiquei bem perdida lá dentro, a minha sorte foi que tinham placas que diziam onde ficava cada coisa.

Então no momento em que fui na parte de doces, pois sou uma pequena formiga, eu me deparo com ninguém menos que...

O menino dos meus sonhos!

Eu pisquei diversas vezes, me belisquei, para ver se não era um sonho.

Nesse momento eu me fingi de desentendida e fiquei mais próxima, mas agindo como se não o tivesse visto.

Alguns minutinhos depois eu sinto alguém me cutucando:

     - Oii, você que é a amiga do Paulo, lembra de mim? – disse o Gavin.

Naquele momento meu coração paralisou por alguns segundos e quando ele se recompôs eu respondi:

     - Oii, lembro sim, seu nome é Gavin, certo? – disse, como se eu não me lembrasse...

     - Que coincidência nos encontrarmos aqui, está preparada para o seu primeiro dia de aula? – disse o Gavin, andando do meu lado.

     - Olha, preparada é uma palavra muito forte, mas estou muito ansiosa! – disse, empolgada.

     - Imagino, já passei por isso há alguns anos atrás, quando me mudei para cá.

E então conversamos sobre o curso de ambos, e descobri que ele iria fazer o curso de cinema, o que me deixou encantada.

Quando estávamos no caixa, nos despedimos e nesse momento me lembrei de uma coisa:

Eu fiquei de perguntar para ele o porque de ele ter me chamado de Cinderela naquela noite, e me esqueci novamente.

Só espero que eu o encontre novamente e descubra o mais rápido possível.