Loucura ou realidade?

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Sentada na janela de seu quarto, ela sente o vento frio bater com força contra seu corpo, o que era estranho pois estavam no auge do verão e o calor lá fora era de matar.
Ela estava vagando em pensamentos antigos novamente, mas, desta vez, não estava pensando nele, estava lembrando de quando não o tinha, de quando sua vida era dolorosa mas nela não existia o Breu, então era menos dolorosa.
Segundo psicólogos, ela estava louca e estava em plena depressão por isso "via" o Breu, depois de anos, nem ela mesma sabia se era real ou não, só sabia que os milhares e milhares de psicólogos não conseguiam a curar, então ela mesma desistiu.
Suas noites eram definidas em pesadelos e choros, ela era atormentada até cedo por Breu e seus pesadelos.
Ela só sabia que o fim estava próximo quando em um de seus pesadelos, ela ouvia aquela frase, a frase que a mesma não entendia o motivo mas representava paz por ser a última coisa que escuta para ser liberta de mais uma noite.
Ela não sabia como, mas havia se acostumado com aquilo, com a companhia do Breu, por estar anos e anos com ele a atormentando, ela sempre sabe o que esperar, não que isso diminua a dor ou o medo, muito pelo contrário, piorava.
Enquanto lembrava das coisas, lembrou como tudo começou, como em um dia as coisas estavam "boas" e do nada, tudo virou este inferno que a mesma ainda se pergunta o que fez para merecer isso porque ninguém merece ter o bicho papão vindo te atormentar a quase todo momento. Na verdade, ninguém merecia a vida que ela leva, pais ausentes que tá na cara que a odeiam, colegas e professores chamavam a mesma de louca e a evitavam a qualquer custo e o Breu indo a atormentar diariamente, só havia um ser que era sua esperança, sua irmã, ela cuida da pequena com todas as suas forças para ela não ser machucada por ninguém.

Ela estava tão perdida em seus pensamentos, que nem notou que alguém havia entrado em seu quarto e que agora estava balançando os braços na sua frente.

- Nani? Está tudo bem? - o garoto que estava com seus cabelos todos molhados encara ela, preocupado novamente com a mesma.

- Ah, oii Jamie. Estou sim! Só estava pensando em algumas coisas - ela volta a observar a rua.

- Eu preciso falar com você, algo importante - encarando as próprias mãos ele fica olhando para os lados.

- Pode me contar o que quiser - obsevando ele, dava para perceber que estava nervoso.

- Eu tenho alguns amigos que querem falar com você - ele diz depois de alguns minutos procurando as palavras.

- O que eles querem comigo?

- Não sei ao certo, eles querem que você acredite que eles estão aqui.

- Acreditar que estão aqui?

- Bom, sabe aqueles folclores que todos conhecem? Como o papai noel?

- Sei - ela já estava o olhando cpm desconfiança e confusa, onde ele queria chegar com aquele assunto?

- Alguns deles existem e estão aqui, bem aqui no seu quarto mas só verás eles se acreditar que existem - o menino disse cada palavra em um tom sério, como se fosse real.

- Fala sério, esse algo importante era me fazer acreditar no papai noel? Sério? Jamie, eu não tenho mais idade pra acreditar nessas coisas - ela solta uma risada fraca.

- Não, é sério, eles estão aqui.

- Jamie, chega.

- Anne! Eles realmente estão aqui! - ele quase grita, o garoto estava se alterando.

- Jamie, par...- neste instante, os dois ouvem uma voz vindo de dentro de uma sombra.

- Eu voltei - Breu surge andando na direção dos dois.

- Breu?! - acabam falando juntos. Anne olha para Jamie confusa, ele também vê o Breu?

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